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Salvação Agrária

Na contramão da crise, agronegócio deve puxar PIB brasileiro

Estimativa do crescimento PIB do agronegócio é de 2%, conforme a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Estimativa do crescimento PIB do agronegócio é de 2%, conforme a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). (Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo)

Com a divulgação do novo Boletim Focus, do Banco Central, na última segunda-feira (10), fica a dúvida: quem irá puxar o crescimento do PIB, previsto em 0,4% pelas instituições financeiras participantes do relatório semanal do BC?

Com previsão de safra em 217 milhões de toneladas na temporada 2016/17 contra 186 milhões no período anterior, conforme o índice Indicador Brasil, da Expedição Safra, tudo indica que vai sobrar para o campo salvar a lavoura.

A estimativa do crescimento PIB do agronegócio é de 2%, conforme a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O setor representa quase 23% do total produto interno nacional.

Por outro lado, a produção industrial apresenta recuo de 4,8% nos últimos 12 meses, conforme o último relatório pelo IBGE, atualizado ontem (11) e que leva em conta dados de fevereiro. As vendas do comércio varejista também não animam: queda de 7%, com a 22ª taxa negativa seguida, pela última análise do IBGE.

Salvador da pátria

Vários fatores estão sendo determinantes para que o setor agro seja o “queridinho” da economia no momento. Camilo Motter, economista e analista de mercado da Granoeste Corretora, lembra que o segmento responde por 33% da produção nacional – incluindo a produção, cultivo, frigoríficos e outros elementos do agronegócios.

“Em termos de exportações, o setor responde por mais de 40% do total nacional. Como é muito dinâmico e exportador, quando há uma crise interna, conseguimos conquistar espaço lá fora. Além disso, o volume de áreas de plantio cresceu, a tecnologia melhorou e os preços dos anos anteriores mantinham uma boa transferência de renda para o produtor. E o mais importante: o clima contribuiu de forma definitiva”, afirma o consultor da empresa, focada na comercialização de grãos.

A opinião é compartilhada por especialistas de segmentos específicos. “Foi o clima mais favorável dos últimos anos. Todas as condições climáticas ocorreram 100%”, diz o analista-editor da consultoria Trigo & Farinhas Luiz Carlos Pacheco.

As exportações de carne também mostram números sólidos. Mesmo com a polêmica da operação Carne Fraca, houve alta de 9% nas vendas no último mês, comparado ao mesmo período do ano passado.

O total de exportações de carne foi de US$ 1,11 bilhão contra US$ 1,02 bilhão em março de 2016. “A recuperação e o retorno à normalidade estão acontecendo mais rápido do que qualquer um poderia prever”, diz. Para Motter, pesa o preço e o histórico de qualidade da produção nacional.

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