Normalmente, quando a safra não é boa, os produtores acabam deixando a cultura de lado com medo de novos prejuízos no ano seguinte. Porém, no caso do trigo, mesmo com duas temporadas consecutivas de problemas no campo, a próxima não deve registrar redução de área.
Na safra 2015, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 2,4 milhões de hectares foram dedicados ao cereal. “Dificilmente irá ocorrer redução de área na próxima safra. Existe pouca chance de três quebras seguidas. A previsão é de muita chuva no plantio e muito frio depois, clima ideal para o trigo”, destaca Luiz Carlos Pacheco, da Trigo e Farinhas.
Na safra passada, o cereal do pão teve a área de plantio reduzida em 11,2% em relação a temporada 2014, de 2,7 milhões de hectares para 2,4 milhões de hectares.
Recompensa
O produtor que apostar no trigo e colher um produto de qualidade será recompensado. Com a redução da safra nacional e as indústrias e moinhos pagando mais caro, o poder de ‘barganha’ do setor produtivo aumenta.
“Quem tem produto [no Brasil] vai cobrar mais, vai querer paridade com o que está sendo importado”, diz Elcio Bento, da Safras e Mercado.
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