A partir de 1.º de janeiro de 2017 o Brasil passa a adotar a nova placa de identificação para os veículos do Mercosul. O modelo padrão, que estreou na Argentina em abril, segue o estilo visto na União Europeia, com as cores branca e azul.
A resolução que regulamenta a mudança foi publicada nesta sexta-feira (25) pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e determina também os prazos para a substituição do componente. Até 31 de dezembro de 2020, 100% dos veículos que circulam no território nacional deverão estar enquadrados à nova norma .
Segundo o texto, a novidade contempla os veículos novos em seu primeiro licenciamento, ou no caso da transferência de propriedade ou de local de emplacamento.
A nova placa terá as mesmas dimensões da atual - 40 cm de largura por 13 cm de altura - e fundo branco com caracteres pretos sobre uma faixa azul colocada na parte superior, onde será estampado o emblema do Mercosul e a bandeira do país de registro do veículo.
A identificação contará com sete caracteres, sendo quatro letras e três números. Com isso, serão possíveis mais de 450 milhões de combinações diferentes. O estilo atual com três letras e quatro números foi adotado nos anos 1990 e poderia durar pelo menos até 2030. São mais de 175 milhões de possibilidades de combinação em nosso país.
Outra mudança será a exclusão da tarjeta com cidade e estado de origem do veículo. A implantação da patente facilitará as informações entre os países e ajudará no combate de clonagem e roubo de carga e o controle de infrações, por exemplo.
Serão acrescentados uma tira holográfica à esquerda (similar às usadas nas notas de R$ 50 e R$ 100, para evitar falsificação), ao lado de um código bidimensional e com a identificação do fabricante, data de fabricação e número de serial da placa; e uma bandeira e brasão dos respectivos estado e município de registro, à direita.
Um novo sistema de compartilhamento de dados com informações como o nome do proprietário do veículo, número da placa, marca, modelo, tipo de carroceria, número de chassi, ano de fabricação e histórico de roubo e furto também será colocado em funcionamento junto com as novas placas.
Além de Argentina e Brasil, também adotarão o novo sistema Uruguai, Paraguai e Venezuela.
Veja como ficará a nova placa a partir de 2017:
Em vez de 3 letras e 4 números, como é hoje, as novas placas terão 4 letras e 3 números, e poderão estar embaralhados, assim como na Europa.
A cor do fundo das placas será branca. O que varia, é a cor da fonte. Veículos de passeio: preto. Veículos comerciais: vermelha. Carros oficiais: azul e verde (em teste). Diplomáticos: dourado. Colecionador: prata.
O nome do país estará na parte superior da patente, sobre uma barra azul. Nome da cidade e do estado estará na lateral direita, acompanhados dos respectivos brasões.
A placa terá as mesmas medidas das já utilizadas no Brasil (40 cm de comprimento por 13 cm de largura).
Marcas d’água com o nome do país e do Mercosul estarão grafadas na diagonal ao longo das placas, com o objetivo de dificultar falsificações.
O modelo será adotado a partir de 2017 para novos emplacamentos. Veículos transferidos de município ou com troca de categoria também precisarão fazer a mudança. Para quem tem carro já emplacado, a substituição é opcional.
A evolução no Brasil
A primeira placa no Brasil surgiu em 1901. Eram pretas com letras brancas e tinha até cinco dígitos e o prefixo A (aluguel) ou P (particular).
Durou 40 anos até ser substituída por uma com sequência de dígitos, dividida em duplas e que exibia de três a sete caracteres.
Tinha a cor laranja e o nome do município vinha antes da sigla do estado. Em 1969 veio a placa amarela que combinava duas letras e quatro números.
A sigla do estado passou a vir à frente do município. Gerava confusão, pois veículos de estados diferentes podiam ter a mesma combinação.
Em 1990 foi implantado o sistema atual, com o acréscimo de mais uma letra e a mudança para a cor cinza
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