Quando se deparam com um trincado no para-brisa, as pessoas logo imaginam que será necessário trocar o vidro. Muitas até preferem trafegar com a peça avariada a buscar uma solução para o problema. Só que dependendo da posição do estrago, ele pode prejudicar a visibilidade durante a condução. E desde 2006 passou a ser infração grave circular com danos no para-brisa (multa de R$ 127,69 e retenção do veículo até regularização)
A substituição nem sempre é necessária, já que é possível fazer a reparação da peça. Mas para que o serviço seja feito com qualidade, é fundamental procurar um estabelecimento especializado o mais rápido possível. "O carro precisa ser levado para o conserto assim que ocorrer o impacto, para que não se acumulem impurezas na região danificada", orienta João Soares Ferreira, proprietário da Glas-Weld do Brasil, que realiza este tipo de reparação em Curitiba. Segundo ele, também é importante não lavar o vidro, principalmente com sabão, pois ele ficará acumulado no trincado, dificultando o conserto.
Assim que perceber o trauma no para-brisa, o recomendável é cobri-lo para que sujeiras, como poeira e gordura, não entrem no local danificado. Cole um selo adesivo (presente em manuais de seguradoras ou distribuído em concessionárias). Fitas também podem servir em caso de urgência, desde que sejam transparentes e não obstruam a visão do motorista. "O adesivo é apenas um remendo de emergência e deve ser usado por um curto período antes do reparo, uma vez que o sol forte ou o ar quente do carro faz com que a cola da fita escorra na parte quebrada", ressalta João Ferreira.
Técnica
A correção é feita somente em vidros laminados (não indicada para vidros temperados, pois estilhaçam) e na parte externa. O para-brisa é uma espécie de "sanduíche" em que uma lâmina de plástico forma uma única peça com dois vidros de cada lado. Durante o serviço, a área de impacto é preenchida e secada com resina, por meio de um kit composto por bomba injetora, suporte afixado ao vidro, soprador térmico e lâmpada ultravioleta.
O reparo não exige a retirada do para-brisa, o que mantém a originalidade do veículo, e pode ser realizado em trincas ou rachaduras com até 20 cm de diâmetro. Mas há lojas especializadas que garantem o conserto em danos maiores. "Hoje temos ferramentas capazes de corrigir trincas com até 60 cm", garante Arlei Ferreira, supervisor da filial da Autoglass em Curitiba. De acordo com o especialista, em 95% dos casos o resultado é muito bom. "A manchinha que fica no local é imperceptível", afirma ele, observando que nos estragos onde o vidro fica esfarelado o conserto se torna inviável.
O custo de uma reparação para carros populares varia entre R$ 50 e R$ 90, valores bem menores que o cobrado por um para-brisa novo laminado, que vão de R$ 250 a R$ 350. "O preço do serviço depende da quantidade de impactos no vidro ou do tamanho do estrago", diz João Ferrreira. O tempo médio de espera pelo serviço é de 45 minutos. Antes de realizar um conserto, uma dica: consulte a apólice do seguro, já que algumas companhias oferecem cobertura nesse caso mediante pagamento de uma franquia, que varia de R$ 70 a R$ 100.
Serviço:
Glas-Weld do Brasil (41) 3264-2398. Autoglass (41) 3388-3750.
Regulamentação no STF pode redefinir regras da Internet e acirrar debate sobre liberdade
Áudios vazados: militares reclamam que Bolsonaro não assinou “golpe”; acompanhe o Entrelinhas
Professor, pupilo de Mujica e fã de Che Guevara: quem é Yamandú Orsi, presidente eleito do Uruguai
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião