A Azul estuda aumentar a capacidade de seus voos para Cascavel. Ao menos esse é o sinal que deu ao realizar um voo de teste, no último sábado (30), com um Embraer 190 para a cidade paranaense, que hoje recebe apenas aeronaves turboélice ATR-72-500 e ATR-72-600, tanto da Azul como da Passaredo.
O pedido para o voo experimental havia sido feito dois meses antes e o voo ocorreu normalmente, com até certa surpresa dos passageiros que embarcaram em Campinas.
“Esse é um dia importante para Cascavel, pois estamos começando efetivamente a dar os passos para que tenhamos aeronaves maiores, com mais conforto, mais rapidez, mais assentos”, comemorou Paulo Gorski, presidente da Cettrans, administradora do aeroporto.
A capacidade dos Embraer 190 da Azul é para 106 passageiros, enquanto os ATR-72 levam 70. Dependendo da rota que a companhia aérea colocaria o E190, significaria um aumento grande na oferta de assentos. Hoje, a Azul voa para Campinas e Curitiba, e a Passaredo para Guarulhos e Dourados.
O aeroporto de Cascavel, administrado pela prefeitura municipal, tem uma pista de 1.780 metros de comprimento e 45 metros de largura. Em teoria, mais que suficiente para os Embraer 190 voarem de e para Campinas ou Curitiba.
Só que o aeroporto convive com problemas relacionados à meteorologia e não tem infraestrutura para driblar o tempo. Não há, por exemplo, sistema de pouso por instrumentos (ILS), nem procedimentos de precisão GPS homologados. Isso acarreta em muitos atrasos e cancelamentos.
Além disso, o terminal de passageiros atual não tem capacidade para atender um eventual aumento na movimentação. A construção do novo terminal, com capacidade para 450 mil passageiros por ano, está em execução, mas não deve ficar pronto em 2015, como prometido.
A obra chegou a parar por falta de pagamento, mas o governo do estado, que é parceiro da prefeitura na empreitada, liberou em abril quase R$ 500 mil para a continuidade. Pelo cronograma, o terminal ficaria pronto até o fim do ano.
Há planos também para a ampliação da pista, para 2.300 metros, com recursos do governo federal, mas que ainda não saíram dos cofres da União.
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