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Beto Richa. Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo.
Beto Richa. Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo.| Foto:

A delação de Eduardo Lopes de Souza na Operação Quadro Negro é a terceira denúncia diferente de que o governador Beto Richa (PSDB) teria usado recursos ilegais para se reeleger em 2014. Antes, Richa já tinha sido delatado na Lava Jato e na Operação Publicano, que investiga fraudes na receita estadual.

Segundo o dono da construtora Valor, a campanha de Beto Richa em 2014 teria sido abastecida com dinheiro desviado de obras de escolas públicas no Paraná. A empreiteira ganhou licitações na área de educação e, segundo Souza, repassava dinheiro para políticos que participavam do esquema.

O empreiteiro disse que entregava R$ 100 mil numa espécie de mesada para o governador do Paraná. O dinheiro, segundo ele, seria usado também para pagar as campanhas de Beto a Senado em 2018 e de dois parentes do governador. Pepe Richa, irmão de Beto, é candidato a deputado federal, e Marcello, filho mais velho, a deputado estadual.

A denúncia contra Beto Richa na Lava Jato partiu de funcionários da empreiteira Odebrecht. Benedicto Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, disse que a campanha de Richa recebeu R$ 2,5 milhões de dinheiro sujo. Segundo a delação, nas planilhas o governador do Paraná aparecia como “Piloto” ou “Brigão”.

Já na Publicano, o delator foi Luiz Antônio de Souza, ex-funcionário da Receita Estadual. Ele chegou a apresentar uma nota fiscal não computada e que dizia ser referente a gastos de campanha do governador.

Em todos os três casos, Beto Richa e o PSDB respondem da mesma maneira. Afirmam que não houve dinheiro ilícito na campanha e que todas as prestações de contas eleitorais de 2014 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

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