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Delcídio cita Francischini em delação. Deputado nega cobrança de propinas

Fernando Francischini. Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo. (Foto: )
Fernando Francischini. Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo.

Fernando Francischini. Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo.

Os documentos da suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), vazados nesta semana pela revista IstoÉ, trazem uma denúncia contra o deputado federal Fernando Francischini (SD-PR). Segundo o trecho reproduzido pela revista, Francischini, junto com outros integrantes da CPI da Petrobras, teria cobrado propinas para não convocar empreiteiros para depor.

“Delcídio diz que os senadores Gim Argello (PTB-DF) e Vital do Rego (PMDB-PB) e os deputados Marco Maia (PT-RS) e Fernando Francischini (SD-PR) cobravam de empreiteiros para não serem convocados na CPI da Petrobras”, diz o trecho da revista.

Logo a seguir, a revista afirma que a delação relata como seriam os encontros.

“Delcidio do Amaral sabe de ilicitudes envolvendo o desfecho da CPI que apurava os crimes no âmbito da Petrobras. A CPI obrigava Léo Pinheiro, Júlio Camargo e Ricardo Pessoa a jantarem todas as segundas-feiras em Brasília.

“O objetivo desses jantares era evitar que os empresários fossem convocados para depor na CPI. Os senadores Gim Argello, Vital do Rego e os deputados Marco Maia e Francischini cobravam pedágio para não convocar e evitar maiores investigações contra Léo Pinheiro, Júlio Camargo e Ricardo Pessoa.”

O deputado afirma que as denúncias são falsas e diz que Delcídio incluiu-o na delação por vingança. “Convoquei o Delcídio três vezes para a CPI da Petrobras, botei ele na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Essa é uma guerra antiga minha e dele”, afirmou.

Francischini diz que soube das denúncias de Delcídio contra ele já há alguns dias. “Levei vários documentos para o [procurador-geral da República, Rodrigo] Janot, para o [ministro do Supremo Tribunal Federal] Teori Zavaski”, diz.

Entre os documentos, segundo Francischini, estão extratos telefônicos para mostrar que ele não teria relação com as pessoas citadas e dados de suas passagens aéreas para mostrar que às segundas-feiras, data dos supostos jantares, ele não ficava em Brasília.

“Ele tentou me ferrar, mas me misturou com um monte de gente que não tem nada a ver comigo. Errou a mão, e agora o próprio governo vai ter interesse em me defender para mostrar que ele mentiu na delação”, diz.

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