Joaquim Barbosa refugou. Lula está preso. O homem da Riachuelo já fala em ser vice. Aos poucos, o cenário vai ficando um pouco mais claro para sabermos quem é mesmo candidato. E a miríade de opções vai se restringindo a um número menos estranho.
A pergunta que todo mundo se faz, óbvio, é quem sai ganhando a cada vez que alguém pula fora da corrida. A saída de Lula num primeiro momento beneficiou Marina Silva. Há quem diga que a ausência de Joaquim Barbosa também é boa para ela.
Mas aí há outro problema: tanto Marina quanto Bolsonaro são candidatos hoje sem partido, sem tempo de tevê e sem dinheiro. E a ideia de que é possível fazer a campanha do tostão contra o milhão hoje em dia não parece contar com muitos adeptos.
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O mais provável, parece, é que a corrida vá se afunilando para os candidatos que conseguirem, dentre os restantes, cooptar uma grande coalizão sem se unir nem a PT nem a PSDB nem a PMDB, marcados no imaginário popular pela corrupção e pelo fisiologismo.
Isso exige um belo de um malabarismo. Quem parece estar caminhando mais ou menos nesse sentido, até o momento, são dois candidatos, um mais à esquerda, outro mais à direita. Pela esquerda, Ciro Gomes parece poder aglomerar boa parte das forças – quem sabe inclusive com o PSB?
Pela direita, quem poderia fazer isso seria, veja só, Alvaro Dias. O senador tem feito um discurso antitucano e poderia juntar, pelo que se diz, além do pequeno Podemos, partidos como o PR, PRB, o DEM e algumas outras siglas “neutras” ideologicamente.
Não que seja possível dizer algo a partir disso desde já. Bola de cristal em política, ainda mais com um cenário desses, é impossível. Mas Ciro e Alvaro criaram nichos a partir de onde podem angariar apoios evitando as maçãs que o eleitor vê como podres. Não é pouco.
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