O Ministério da Justiça (MJ) lançou uma campanha sobre enfrentamento à xenofobia e ao preconceito a migrantes. Assim que entrou na internet, causou uma grande polêmica. Uma das postagem no Facebook teve mais 20 mil curtidas e superou 4 mil compartilhamentos em poucas horas no ar. Nos comentários abriu-se um debate com milhares de participantes.
No geral, a maioria dos internautas acha a ideia boa e a iniciativa interessante. A discordância está na peça publicitária. Na página, o jovem negro Matheus Gomes, de 18 anos, aparece sorridente com os seguintes dizeres ao lado de sua foto: “Meu avô é angolano, meu bisavô é ganês. Brasil. A imigração está no nosso sangue”. Junto ao cartaz, o Ministério postou a seguinte mensagem: “Há cinco séculos, imigrantes de todas as partes ajudam a construir nosso país”.
Para boa parte das pessoas que acessaram a página e fizeram comentários, o Ministério da Justiça confundiu imigração com escravidão. Não faltam críticas ao que consideram comparação entre o horrendo tráfico transatlântico da população africana para o Brasil com os processos migratórios atuais.
O Ministério da Justiça reagiu. O Ministério da Justiça diz que a escravidão foi abolida há 127 anos e o tráfico negreiro acabou em 1850, quando a Lei Eusébio de Queirós proibiu a entrada de novos escravos no país.
Mas nem todos os comentários nas redes são negativos. Há afrodescendentes que entenderam a ideia do governo e se dizem felizes com a campanha.
Em outra peça publicitária da campanha, um cartaz mostra fotos de pessoas descendentes de diversas nacionalidades, o que agradou. Alguns visitantes da página chegaram a postar fotos de familiares imigrantes:
O mais importante é a discussão. Assim o país caminha para confirmar a sua identidade: de um país onde todas as etnias podem construir o seu lar e sonhar com um futuro de paz. Sem preconceitos.
Siga no Twitter
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião