Oferecida nesta segunda-feira (30) pela Procuradoria-Geral da República (PGR), a segunda denúncia contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) no âmbito da Operação Lava Jato pode acabar sendo analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – acolhida ou rejeitada – às vésperas das urnas de outubro. Ao menos considerando o tempo que o STF levou para analisar a primeira denúncia contra a paranaense, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Naquela primeira situação, a PGR fez a acusação em maio de 2016, mas a denúncia foi acolhida pelo STF em setembro do mesmo ano, gerando a abertura de uma ação penal, atualmente em fase final.
Gleisi é pré-candidata a deputada federal nas urnas de 7 de outubro próximo. Se eleita, permanece com foro especial por prerrogativa de função no STF. Caso contrário, todos os processos contra ela (inquérito ou ação penal) podem “descer” para a primeira instância do Judiciário, onde a Operação Lava Jato se concentra nas mãos do juiz federal Sergio Moro.
Na primeira denúncia, a PGR aponta que a campanha de 2010 da petista teria sido abastecida por R$ 1 milhão do esquema de corrupção da Petrobras. Já na denúncia desta segunda-feira (30), ela é acusada de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, porque teria recebido ao menos R$ 3 milhões da Odebrecht para sua campanha eleitoral de 2014, ao governo do Paraná, via caixa 2. Ela nega.