Para alguns alunos, assistir a um vídeo torna a aprendizagem mais fácil. Para outros, é preciso que o conteúdo esteja detalhado no quadro ou no livro. Há ainda aqueles que, a partir de um mapa mental, conseguem captar o conteúdo da matéria. São os diferentes estilos de aprendizagem, já classificados por estudiosos da área em visual/verbal, sequencial/global, sensorial/intuitivo e ativo/reflexivo. Numa sala de aula, composta por alunos que aprendem de diferentes formas, o grande desafio do professor é conseguir transmitir o conteúdo de maneira que todos entendam.
Porém, o professor também tem um estilo de docência que está vinculado ao seu estilo de aprendizagem e, naturalmente, para ensinar, segue esse estilo. E é aí que muitas vezes acontecem divergências entre o que o professor ensina e o que a turma absorve. Enquanto em uma turma o professor consegue promover o pleno aprendizado de seus alunos, em outras, as dificuldades persistem e o conteúdo acaba não sendo absorvido.
Em termos de gestão educacional, disseminar o conhecimento desses diferentes estilos e instrumentalizar os professores para que se desenvolvam também em outros estilos de aprendizagem que não aquele que lhes é nato, é uma boa alternativa para promover a melhoria da qualidade da educação oferecida.
Nesse sentido, o TECPUC, centro de educação profissional do Grupo Marista, está fazendo uma experiência exitosa em Curitiba. A partir do mapeamento dos estilos de aprendizagem dos quase 300 alunos dos cursos técnicos integrados, foi possível encontrar o estilo predominante em cada turma e, a partir daí, ajudar os professores a criarem estratégias que convergissem com esses estilos.
Com essa iniciativa, professores e alunos passam a “falar” uma linguagem mais próxima, aumentando as chances de compreensão real dos conteúdos transmitidos. É a busca pela excelência na educação, que marca a vida profissional de todos os professores.
Aplicar os estilos de aprendizagem ao contexto educacional de forma ampla é uma maneira de se apropriar dos conhecimentos sobre o desenvolvimento cognitivo para melhorar práticas diárias. Significa estimular estilos menos favorecidos e manter um bom desempenho com os demais, de tal modo que todos os alunos possam aprender, independentemente do seu estilo pessoal.
>>Artigo escrito por Elcio Miguel Prus. Coordenador dos cursos técnicos integrados do TECPUC, centro de educação profissional do Grupo Marista, colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.
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