Empresas como Apple, WhatsApp, Twitter e Samsung já tinham criado a sua própria versão “politicamente correta” do ícone. É previsto que os usuários da plataforma Android possam acessar o emoji reformulado a partir da versão 9.0 do sistema operacional.
Em 24 de abril de 2018, a Microsoft divulgou uma prévia da aparência do símbolo em seu perfil oficial no Twitter. Em contrapartida, o Facebook não apresentou ainda um design para o emoji.
A pistola d’água foi uma adaptação inventada no iOS 10 em 2016 e que foi seguida posteriormente pela Samsung e pelo Twitter.
O YouTube recentemente decidiu proibir a veiculação de vídeos que promovam o comércio de armas ou equipamentos bélicos em sua plataforma; visto que o próprio serviço foi vítima de um tiroteio em seu QG.
O mais importante é coibir a violência digital – ameaças não-verbais com emojis também causam sofrimento, medo e exclusão. Mensagens subliminares não são brincadeira e podem trazer consequências catastróficas.
O emoji obriga o usuário a apresentar informações em uma sequência linear unidade por unidade, o que limita a complexidade das expressões e amplia o repertório de violências e discórdias, principalmente em grupos de WhatsApp. O emoji não é um novo idioma, é apenas uma nova forma de expressão e comunicação, que deve ser usado com cautela e não como forma de substituição do idioma de origem de cada usuário.
*Artigo escrito por Ana Paula Siqueira Lazzareschi de Mesquita, advogada e sócia do SLM Advogados, membro da Comissão de Direito Digital e Compliance da OAB-SP e idealizadora do Programa Proteja-se dos Prejuízos do Cyberbullying. A profissional colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.
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