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(Antonio Lacerda/ EFE)
(Antonio Lacerda/ EFE)| Foto:

Convido o astuto leitor a olhar atentamente a foto abaixo…

(Ricardo Stuckert/ CBF)

(Ricardo Stuckert/ CBF)

A imagem é do dia 16 de abril, quando Marco Polo Del Nero tomou posse como presidente da CBF.

Agora observe esta segunda imagem…

(Antonio Lacerda/ EFE)

(Antonio Lacerda/ EFE)

O clique é desta sexta-feira, na coletiva de Del Nero sobre o escândalo de corrupção que mandou José Maria Marin para a cadeia.

Notou a principal diferença entre as duas? Está logo atrás de Del Nero.

Na primeira, um baner forrado com os patrocinadores que renderam à CBF R$ 359 milhões em 2014. Na segunda, uma parede lisa, marrom, sem uma única marca.

Del Nero não foi questionado a respeito – também não explicou voluntariamente. Mas está na cara a estratégia de não puxar a imagem dos patrocinadores para dentro do escândalo. Resta saber se partiu das empresas, da CBF ou em acordo a supressão das marcas.

Certo apenas que preservar as marcas faz parte da nítida estratégia de tratar os malfeitos como um ato isolado de Marin. Em nível mundial, Blatter faz o mesmo pela Fifa. Resta saber se a pressão dos consumidores não será mais forte que a tentativa de tapar o sol com a peneira. Mais do que nunca, Fifa e CBF estão com seus contratos milionários em risco. E vão lutar até o fim para mantê-los, mesmo tendo de sacrificar antigos aliados pelo caminho.

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