O físico Stephen Hawking, que dispensa apresentações, deu ontem uma entrevista ao site coletivo Reddit.
Um dos participantes da entrevista coletiva perguntou sobre a possibilidade de desemprego em massa diante de uma produção automatizada crescente.
A resposta foi a seguinte:
Se as máquinas produzirem tudo de que precisamos, o resultado vai depender de como as coisas são distribuídas. Todos podem desfrutar de uma vida de luxuoso lazer se a riqueza produzida pelas máquinas for compartilhada. Ou a maioria das pessoas pode acabar miseravelmente pobre se os donos das máquinasse se posicionarem com sucesso contra a redistribuição da riqueza. Até agora, a tendência parece apontar para a segunda opção, com a tecnologia conduzindo para uma desigualdade cada vez maior.
Fonte: Huffington Post.
O editor de negócios do Huffington Post, Alexander C. Kaufman, autor do post original, complementa:
Essencialmente, os proprietários das máquinas vão se tornar a burguesia de uma nova era, em que as corporações que eles possuem não irão fornecer empregos para trabalhadores humanos.
Desse modo, o abismo entre os super-ricos e o restante está crescendo. Para iniciantes, o capital – como ações ou propriedades – acumula valor em um ritmo muito mais rápido do que a economia real cresce, de acordo com o economista francês Thomas Piketty. A riqueza dos ricos se multiplica mais rápido do que os salários aumentam e a classe trabalhadora nunca poderá acompanhar.
Mas se Hawking está certo, o problema não será recuperar o atraso. Vai ser uma luta até mesmo avançar um centímetro além da linha de partida.
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