A Atlantic Energias Renováveis iniciou, nesta terça-feira (17) em Curitiba, as operações de um complexo eólico na Bahia, com capacidade instalada de 180 megawatts (MW) de potência, e a implantação de outro parque no Rio Grande do Sul, com potência de 207 MW, previsto para começar a operar no fim do ano que vem. Ao todo, foram investidos cerca de R$ 2 bilhões nos dois projetos.
O Complexo Eólico de Morrinhos, localizado na Bahia, gerará energia suficiente para abastecer 400 mil residências quando atingir a totalidade de sua capacidade instalada (180 MW), em janeiro de 2016. Já o Parque Eólico de Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, é o maior empreendimento da companhia (207 MW) e terá capacidade para abastecer quase 600 mil residências.
A Atlantic é uma holding, com sede na capital paranaense, composta por três empresas, a britânica Actis (60%), a brasileira Pattac (24%) e a espanhola Servinoga S.L. (16%). Atualmente, o grupo possui três parques eólicos em operação: dois no Rio Grande do Norte (Eurus II e Renascença V) e o iniciado nesta terça, na Bahia. A holding também possui uma pequena central hidrelétrica em Santa Catarina (Rondinha).
Além do parque de Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, há outro em implantação no Piauí (Lagoa do Barro), com aporte de cerca de R$ 1,3 bilhão.
Nos últimos dois anos, a companhia participou e venceu quatro leilões do governo federal, que somam 432 MW de energia. Com eles, o plano da empresa é alcançar 652 MW plenamente operacionais até meados de 2018.
Controle e operações
A Atlantic também inaugurou, em sua sede em Curitiba, o centro de controle e operações para operar todos os complexos eólicos e a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) à distância, durante 24 horas ininterruptamente. A central recebeu R$ 3 milhões em investimentos.
Segundo o presidente da empresa, José Roberto de Moraes, o novo centro garante padronização e o fornecimento de dados das operações em tempo real, além de ter um sistema de hotline com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
“Com o centro de controle, podemos interferir em todas as operações de nossos parques eólicos e da PCH. Qualquer anomalia que ocorra, conseguimos atender em 20 minutos e resolver o problema”, disse.
Mais planos
De olho nos próximos anos, a companhia está desenvolvendo projetos de complexos eólicos com potencial de geração de 1 gigawatts (GW). “O que temos são áreas em expansão no Rio Grande do Sul, no Piauí e na Bahia, mas tudo isso ainda depende de um novo planejamento. Essas áreas a serem investidas representam 40% a mais do que temos hoje em operação”, afirmou o presidente da Atlantic.