A seguradora curitibana Centauro Vida e Previdência firmou uma associação com a companhia de seguros norte-americana Ohio National. O acordo, que compreende um contrato inicial de cinco anos, prevê que a empresa com sede em Cincinatti passe a controlar metade da sociedade da Centauro.
Esta é a primeira parceria da Ohio National no Brasil, que conta com um capital social de US$ 2 bilhões e ativos no valor de US$ 38,8 bilhões. O valor da negociação não foi informado e ainda depende do desempenho do plano de expansão da empresa paranaense até 2019.
O contrato foi fechado depois de dois anos e meio de negociações com a seguradora dos EUA e após uma série de recusas de propostas para que a paranaense fosse vendida. "Fomos assediados algumas vezes por grupos de fora, mas não estava nos nossos planos vender a companhia. A negociação com a Ohio foi mais tranquila por conta da proposta ser diferente e as empresas terem muitas coisas em comum", afirma o diretor presidente da Centauro, Ricardo José Iglesias Teixeira.
Perfil parecido
O negócio partiu da indicação de uma resseguradora que trabalhava com as duas companhias. Geralmente, boa parte das companhias de seguros aplicam os recursos que administram em ativos especulativos as duas seguradoras não. "Os perfis são muito parecidos, com um crescimento muito sólido, mesmo nos anos de crise mundial, quando o setor foi amplamente impactado. Isso tudo nos aproximou", lembra Teixeira.
O plano estratégico traçado pelas companhias prevê a entrada da Centauro nas regiões Nordeste e Sudeste ainda no biênio 2014/2015. A meta estipulada é de que a empresa cresça até sete vezes no período de cinco anos. "Vamos adotar uma agressiva política de foco no crescimento e reinserção do capital", explica. No ano passado, o faturamento da empresa paranaense foi de R$ 75 milhões.
Segundo o executivo, o mercado brasileiro tem um potencial enorme para adquirir planos previdenciários e seguros de vida produtos que a Centauro comercializa. "É o mercado mais promissor da América Latina. O potencial é enorme e a penetração é a menor do continente, proporcionalmente. Até por isso que as seguradoras daqui entraram no radar das empresas estrangeiras", afirma.