O dólar encerrou em queda nesta quinta-feira (26), ao fim de mais uma sessão de volatilidade, em um mercado sensível a fluxos pontuais após o Banco Central anunciar que não renovará seu programa de intervenções diárias.
A moeda norte-americana caiu 0,39%, a R$ 3,1909 na venda, após chegar a recuar 0,96% na mínima e subir 0,66% na máxima e trocar de sinal pelo menos nove vezes. Na sessão passada, a divisa havia avançado quase 2,5%.
Bovespa fecha em queda de mais de 2% com Petrobras recuando 5%
O principal índice da Bovespa fechou em forte queda nesta quinta-feira (26), com a Petrobras entre as principais pressões de baixa, corrigindo alta expressiva da véspera, em meio à cautela antes do término da reunião do Conselho de Administração da estatal no Rio de Janeiro.
Nem a alta do petróleo nos mercados internacionais, em meio ao aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio, freou a queda de quase 5% nos papéis da estatal.
O Ibovespa fechou em queda de 2,47%, a 50.579 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro do pregão somava R$ 6,5 bilhões.
Na véspera, as preferenciais da Petrobras fecharam em alta de cerca de 5%, em meio a expectativas relacionadas à divulgação do balanço da companhia, após reportagem na mídia afirmar que o método de avaliação das baixas contábeis havia sido aprovado por órgãos reguladores. A estatal negou a informação nesta quinta-feira.
Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2 bilhões.
Diversos agentes financeiros consultados pela Reuters citaram operações cambiais relevantes para explicar o sobe e desce da divisa ao longo da manhã. Era unânime a opinião de que o impacto dessas transações foi exacerbado pela elevada volatilidade que vem permeando o mercado nas últimas sessões, reforçada pela decisão do BC.
“É possível que a volatilidade diminua em alguns dias, mas por enquanto, o mercado está muito sensível. Qualquer operação faz preço”, disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
Influência externa
Investidores também monitoraram a firme alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos nesta sessão, que levou o dólar a subir contra boa parte das moedas emergentes. O movimento dos Treasuries veio após leilão de notas de sete anos do governo dos EUA apresentar demanda fraca.
“O mercado está muito volátil e os investidores não têm segurança para trabalhar no longo prazo. Então você acaba tendo isso, um mercado imprevisível”, disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Swaps
Nesta manhã, o BC brasileiro deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps, com volume equivalente a US$ 97,8 milhões. Foram vendidos 1.200 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 800 para 1º de março de 2016.
O BC também vendeu a oferta total de até 7,4 mil swaps cambiais na rolagem dos contratos que vencem em 1º de abril. Ao todo, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 6,389 bilhões de dólares, ou cerca de 68% do lote total, correspondente a US$ 9,964 bilhões.
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