A paralisação da categoria que começou no final de fevereiro só perdeu força em 3 de março, após a presidente Dilma Rousseff sancionar a Lei dos Caminhoneiros. Na época, o protesto causou desabastecimento de alimentos e combustível em diversas regiões do Paraná e prejudicou também o escoamento da colheita de soja no estado.
Em muitas cidades do Oeste e Sudoeste paranaense, o medo de ficar sem combustível gerou filas em postos de gasolina e supermercados. Moradores de Pato Branco, Francisco Beltrão, Guarapuava, Foz do Iguaçu e Dois Vizinhos tiveram dificuldades para abastecer os carros.
Em Santo Antônio do Sudoeste, cidade com menos de 20 mil habitantes, a falta de combustível impediu a circulação dos ônibus escolares e fez com que a prefeitura suspendesse as aulas por tempo indeterminado, afetando 1.700 crianças.
Em Foz do Iguaçu, a Infraero adotou um plano de contingência e aeronaves particulares menores não foram abastecidas.
Alimentos de hortifruti ficaram em falta em mercados de algumas cidades da Região Oeste. Produtores de leite do estado tiveram de jogar mercadoria fora, depois de caminhões carregados com o produto terem a passagem bloqueada pelos grevistas.