No último dia 4 de março, quando foi deflagrada a 24ª fase da Operação Lava-Jato, a Bolsa de Valores de São Paulo subiu 4%, enquanto as ações da JBS desabaram 13%. No mesmo dia, o dólar também recuou mais de 1%, afetando ações de empresas exportadoras. Mas a desvalorização dos papéis da JBS foi a mais acentuada. Por trás desse movimento brusco, estava a queda do dólar, mas, concordam os analistas, havia também o “fantasma” que vem assombrando a empresa há algum tempo nos pregões, que é a possibilidade de a JBS aparecer envolvida nas investigações em curso.
O nome da JBS foi citado na conclusão da CPI do BNDES, que investigava financiamentos a empresas feitos pelo banco público com juros subsidiados. Noutra investigação, Joesley Batista, presidente do Conselho de Administração, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo por crime contra o sistema financeiro, em empréstimos feitos pelo Banco Original, que pertence ao grupo. E, mais recentemente, informações publicadas na imprensa dão conta que a Receita Federal apontou fraude na fusão entre a JBS e o frigorífico Bertin e cobra uma multa de R$ 3 bilhões.
Perguntada sobre o apoio do BNDES e as investigações do Ministério Público Federal, a JBS informa que todos os questionamentos sobre a empresa são respondidos através de comunicados ao mercado.
No mês passado, Wesley Batista, presidente global da JBS, esteve com analistas de mercado para falar sobre esses casos. Disse que a relação com o BNDES decorreu da venda de uma participação acionária da empresa ao BNDESPar, e não de empréstimos com juros subsidiados.
No caso da denúncia do MPF contra seu irmão, ele garantiu que a JBS não é relacionada no processo, mas sim a J&F Participações, holding que controla a empresa. Também negou que os empréstimos do banco Original, tenham ocorrido de forma ilegal. Quanto à operação com a Bertin, a JBS informou ao mercado que foi feita “dentro da legislação societária vigente”.
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