Uma operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR) deflagrada no Porto de Paranaguá na tarde desta sexta-feira (21) descobriu que pelo menos 20 funcionários da autarquia fraudavam o ponto eletrônico com o uso de dedos de silicone. A Polícia Federal (PF) deu apoio à operação e apreendeu o material, que era utilizado por terceiros para registrar a presença de funcionários que não iam trabalhar. O caso teria sido denunciado pela direção da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).
De acordo com o promotor de justiça que atua na área de proteção ao patrimônio público, Leonardo Dumke Busatto, a partir de segunda-feira (24) o órgão vai começar a trabalhar na identificação de quem são as digitais. "Também já requisitei imagens à Appa para identificar quem registrava a presença dessas pessoas utilizando os dedos de silicone", diz Busatto. Informações preliminares do MP revelam suspeitas de que a prática era cometida por servidores de carreira do porto. A operação ainda está em curso.
A sistemática de fraude era adotada para bater o ponto de funcionários ausentes e, dessa forma, os servidores não terem perdas salariais. A suspeita desta fraude foi detectada por técnicos da Appa, que encaminharam denúncia ao MP. "Durante o processo de reavaliação do quadro funcional com vistas as adequações das atividades portuárias previstas em lei e o futuro quadro de pessoal da Appa, os nossos técnicos constataram a existência de possível fraude no apontamento do ponto funcional no sistema biométrico da autarquia", afirmou o superintendente dos portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino.
O promotor Leonardo Dumke Buzatto, o delegado da Polícia Federal, Jorge Luiz Fayad Nazário e o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, deverão dar mais informações sobre o caso nesta segunda-feira (24), em entrevista coletiva.
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