Desde o final da Segunda Guerra Mundial, surgiu a necessidade de se categorizar a humanidade por meio de gerações para, entre outros objetivos, definir estratégias de mercado dentro da sociedade de consumo. Primeiro foi o “baby boom”, depois as gerações X, Y e, finalmente, a Z. Esgotadas todas as letras do alfabeto, surgem agora os “power pupils”, os “alunos empoderados”, conceito ainda novo no Brasil, mas que define os estudantes com um interesse diferenciado pelo aprendizado e pelo conhecimento.
Integrantes da geração Z, numa referência aos nascidos entre 1994 e 2010, são estudantes conscientes de suas habilidades, talentos e com espírito empreendedor. São jovens capazes de largar o cargo dos sonhos em uma companhia multinacional pelo projeto de viver um tempo conhecendo o mundo com a mochila nas costas, apenas pela experiência e realização pessoal que a iniciativa pode lhes proporcionar.
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Segundo a professora e pesquisadora de Cultura Digital e Formação de Professores Universidade Federal do Paraná (UFPR), Nuria Pons Vilardell Camas, que é doutora em Educação, o termo “empoderado” faz referência a estudantes que adquirem autonomia, consciência e crítica de suas capacidades, talentos, confiança, criatividade e a não-passividade em sala de aula. “Isso não deve jamais ser confundido com falta de respeito. A não-passividade significa o aprender, o saber fazer por si próprio”, explica.
Entre as características da geração Z, Nuria salienta a hiperconectividade, o excesso de informação e o empreendedorismo, segundo ela ainda pouco compreendido na prática da educação.
Características da geração Z
- É a primeira geração de nativos digitais e em 2030 serão a maioria entre os consumidores
- No Brasil, somam 30 milhões de pessoas aproximadamente
- São mais engajados socialmente, têm a mente aberta, são pragmáticos e individualistas
- São tolerantes e abertos ao diálogo
- Preocupam-se com a sustentabilidade do planeta
- São multitarefas e abertos às mudanças
- São desapegados em relação às coisas materiais
