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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A Fomento Paraná – agência de crédito vinculada ao governo estadual – reforçou o tom de cobrança da dívida do Atlético referente à Arena da Baixada. A instituição cobra na Justiça o valor do empréstimo de R$ 291 milhões repassado para a CAP S/A, sociedade criada pelo clube para gerenciar a reforma do estádio para a Copa 2014. E também rechaça a possibilidade de falência, caso perca a demanda judicial contra o clube.

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“Algumas questões relativas a encargos moratórios, multas, parcelamento e eventuais alongamentos de datas podem ser negociados. Mas o valor originalmente tomado não será negociado”, avisa Samuel Suss, diretor jurídico da Fomento Paraná, em entrevista nesta segunda-feira (8) à Gazeta do Povo.

Não existe nenhuma possibilidade disso (falência) acontecer. Nós tivemos um lucro liquido de R$ 101 milhões no ano passado e valores estimados de R$ 127 milhões para 2017. Nosso patrimônio é de R$ 1,5 bilhão. O empréstimo foi feito através do nosso Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), que também situação financeira extremamente sólida. Esse risco não existe em hipótese alguma

Samuel Suss  diretor jurídico da Fomento Paraná

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Avaliada, segundo perícia judicial, em R$ 634.950.000,00, a Arena pode ser leiloada em breve, caso o juiz Guilherme de Paula Rezende, da 4.ª Vara da Fazendo Pública de Curitiba, determine o pagamento imediato do empréstimo por parte do Atlético (entenda o caso).

“Nós temos absoluta convicção de que são empréstimos totalmente enquadrados dentro da legislação. Não seria nenhum exagero a Arena ir a leilão. Ninguém obriga nenhum devedor a ofertar suas garantias. O próprio potencial construtivo e o Centro de Treinamento também foram dados como garantias”, reforça o diretor da Fomento. A indicação do imóvel partiu do Furacão, pois o clube considera que a penhora da praça esportiva não afeta o seu funcionamento, ao contrário de outras receitas.

A contestação do Atlético para o não pagamento da dívida é de que a Fomento cobra o valor que deveria ser divido entre a prefeitura e o governo estadual, firmado no acordo tripartite para as reformas na Baixada. Mas o banco de crédito alega que o acordo não envolve a instituição e esta é uma questão que deve ser resolvida pelo administração atleticana.

O Furacão pede que as três partes dividam o valor final da obra, de R$ 354 milhões, e não a quantia inicial, de R$ 184 milhões. “O Atlético quer pagar a Fomento. Mas a Fomento está cobrando do Atlético a parte que cabe ao estado e à prefeitura também”, reclama o advogado do clube, Luiz Fernando Pereira. “A Fomento quer que se pague o financiamento integral, independentemente de estado e prefeitura cumprirem suas partes”, reforça.

Suss rebate: “O financiamento foi firmado pela CAP/SA. O acordo tripartite é uma situação que o Atlético cobra do Município e do Estado do Paraná. A forma como o clube vai se capitalizar cabe exclusivamente a CAP/SA e não a Fomento [fonte do empréstimo]”, contesta Suss.

O diretor jurídico também diverge Pereira, que declarou à Gazeta do Povo que a Fomento Paraná poderia falir caso a Justiça determine o não pagamento da dívida atleticana.

“Não existe nenhuma possibilidade disso acontecer. Nós tivemos um lucro liquido de R$ 101 milhões no ano passado e valores estimados de R$ 127 milhões para 2017. Nosso patrimônio é de R$ 1,5 bilhão. O empréstimo foi feito através do nosso Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), que também situação financeira extremamente sólida. Esse risco não existe em hipótese alguma”, reforça.

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