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Arena da Baixada, mesmo com teto retrátil, não teve nenhum show marcado depois da Copa. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Arena da Baixada, mesmo com teto retrátil, não teve nenhum show marcado depois da Copa.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Quase 300 dias após a Fifa ter devolvido a Arena da Baixada – utilizada na Copa – ao Atlético, o estádio não consegue emplacar uma agenda de shows. Até agora, a praça esportiva só foi utilizada para jogos e eventos em conjunto com a prefeitura de Curitiba.

O Atlético acertou uma parceria com a G3 United para a gestão do complexo. E em novembro do ano passado a diretora da empresa, Karla Kern, afirmou que seis atrações já estavam fechadas e seriam reveladas em janeiro. Nada foi divulgado.

O cenário vazio contrasta com o retorno de Curitiba como rota de atrações internacionais em 2015. Todas até então marcadas para a Pedreira Paulo Leminski, que reabriu em 2014 após ter ficado fechada desde 2008.

Espetáculos gigantes como os shows de Kiss (21/4) e Ozzy Osbourne (28/4) estão marcados para o local. E nesta semana a cantora Katy Perry acertou uma apresentação no ponto turístico, em setembro.

Caso queira bater a Pedreira na concorrência, a Baixada terá de caprichar. “Os gringos adoram fazer show lá, tem um cenário que não existe em lugar algum do mundo e um dos maiores palcos da América Latina”, diz uma fonte de uma produtora de Curitiba.

Um trunfo para os atleticanos é a finalização do teto retrátil. Numa cidade de clima instável como Curitiba, realizar grandes eventos sem chuva é uma vantagem.

O marasmo do calendário da Arena contrasta ainda com a programação do Allianz Parque, estádio do Palmeiras. Também construída para ser uma arena multiuso, a casa palestrina inaugurou com Paul McCartney, em 2014.

Já anunciou para este ano Roberto Carlos (18/4), Rod Stewart (19/9) e também Katy Pery, que irá a São Paulo antes de desembarcar na Pedreira. A WTorre, empresa que administra o local, está aproveitando a vinda de artistas ao Brasil para o festival Rock in Rio, em setembro.

Fazer da Arena um espaço para muito mais do que futebol sempre foi o desejo de Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético. Desde a inauguração da primeira versão do estádio, em 1999. Uma estratégia fundamental para manter a estrutura onerosa.

Entretanto, com cerca de 12 anos de atividade a vocação para o entretenimento não deslancha. Até hoje os destaques foram shows de Chitãozinho e Xororó, Sandy & Júnior, RBD e o festival Ruffles Reggae.

Para tentar abrir o novo mercado, o Rubro-Negro já fez parceria com as multinacionais americanas Clear Channel e AEG, sem sucesso. Agora, aguarda o desenrolar das ações da curitibana G3, novata no ramo.

A primeira iniciativa do clube e da empresa fracassou. Foi a organização do Shooto Brasil, evento de MMA (lutas marciais mistas), que teve de ser cancelado por causa do atraso na instalação do teto retrátil.

A reportagem tentou entrar em contato com diretores da G3 United. De acordo com a secretária, Karla Kern não foi ao escritório nesta quinta-feira (16), pois não estava se sentindo bem. O Atlético não concede entrevistas ao jornal. Nem trata dos valores de aluguel para receber apresentações em seu estádio.

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