Com 15 kg a menos em relação ao peso do início da pré-temporada, o atacante Walter ainda não se acostumou a jogar magro no Atlético. Entre outros motivos, essa é a principal explicação de seu staff para as oito partidas sem gols em 2016 – jejum que chega a 12 jogos se os últimos quatro duelos do Brasileiro do ano passado também entrarem na conta.
Depois de passar de 105 kg para 90 kg, seguindo à risca um rígido programa personalizado de alimentação e de exercícios, o camisa 18 do Furacão sabe que precisa mudar a maneira de atuar para se encaixar à nova realidade física. Situação que não vivia desde 2008, quando se profissionalizou no Internacional. Na época, a técnica refinada e a velocidade eram suas características mais marcantes.
“Ele está começando a se adaptar à maior velocidade. Nos últimos anos, ele colocava a bola na frente e não chegava. Agora a situação é outra”, diz o empresário do atleta, Teodoro Constantin.
“Com mais corpo, o Walter protegia muito bem a bola, fazia o pivô. Hoje não pode mais trabalhar nessa função. Então está se encaixando. Mas nos jogos mais decisivos, com os campeonatos se afunilando, o gol vai sair naturalmente”, aposta o agente.
Ao mesmo tempo em que se acostuma com um posicionamento um pouco mais aberto e distante da área, o pernambucano de 26 anos também carrega uma forte autocrítica.
Nas suas redes sociais, como o Instagram, há diversos comentários de torcedores cobrando gols. O rival Coritiba cutucou com uma piada sobre a falta de bolas na rede, lembrando que até o goleiro Wilson já marcou no Paranaense.
Mas segundo seu empresário, não há exigência maior do que a do próprio jogador. O incômodo é grande, ressalta. “A cobrança é da imprensa, da torcida, mas principalmente dele. É uma situação nova, está mais magrinho, mais garçom do que propriamente um centroavante. A torcida gosta muito dele, a equipe o ajuda muito. Então ele se sente obrigado a corresponder”, cita Constantin.
Ranking: Estaduais indica Brasileiro complicado para Atlético, Coritiba, Londrina e Paraná
Leia a matéria completaO diretor de futebol do Atlético, Paulo Carneiro, prefere tirar a responsabilidade dos ombros do atacante. “Na realidade, o Walter nunca foi um artilheiro. Ele prepara as jogadas e faz gols eventuais. Mas o importante é que ele está jogando bem. É um dos melhores da equipe”, ameniza o dirigente, que despista sobre a possibilidade de o camisa 18, recuperado de lesão na coxa direita, ao menos ficar no banco contra o Londrina, no domingo (10), no confronto que vale vaga na semifinal do Estadual.
Mesmo ainda zerado em 2016, os planos de Walter continuam os mesmos. No início de fevereiro, quando concedeu a primeira entrevista coletiva na temporada já visivelmente mais magro, o jogador revelou que mira ser convocado para a seleção brasileira.
“Potencial para isso ele sabe que tem. Está entre os cinco melhores atacantes do Brasil e é mais jovem que todos os outros. A técnica dele não deixa a desejar para ninguém. Assim que fizer o primeiro gol, tenho certeza que vai deslanchar”, garante seu empresário.
Esquerda tenta reconexão com trabalhador ao propor fim da escala 6×1
Jornada 6×1: o debate sobre o tema na política e nas redes sociais
PT apresenta novo “PL da Censura” para regular redes após crescimento da direita nas urnas
Janjapalooza terá apoio de estatais e “cachês simbólicos” devem somar R$ 900 mil
Deixe sua opinião