A semana blindada do Coritiba intensificou a ansiedade dos coxas-brancas. Somente instantes antes da final deste domingo (3), os torcedores vão saber se poderão respirar, ao menos um pouco, mais aliviados, caso o nome do atacante Rafhael Lucas apareça na relação dos titulares contra o Operário.
A expectativa também acompanhou o jogador. “Ele estava muito ansioso, ficou preocupado, passou a semana pensando em estar bem para jogar”, contou o pai Emerson Oliveira.
“O Rafhael ficou muito bravo após o resultado em Ponta Grossa. Porque não gosta de perder nem no videogame. Mas é um jogador que sempre teve uma estrela, e espero que brilhe na final”, acrescentou, já avisando que deve se emocionar e chorar se ver o filho em sua primeira final profissional.
Ele não cravou a presença do seu guri em campo. Uma contusão logo no momento decisivo interrompeu uma trajetória irretocável do jogador no Estadual.
Da surpresa quando estava na praia de férias e recebeu a ligação do clube para se apresentar aos profissionais, da inesperada chance entre os titulares com a volta de Keirrison ao estaleiro, dos gols em série, o carinho da torcida e a artilharia do Brasil. Ao marcar 12 vezes, Rafhael Lucas fez mais gols do que os goleadores dos principais campeonatos do país. No Couto Pereira, marcou em sete dos oito jogos da equipe.
Na hora da consagração, entretanto, a dúvida. A atuação do atacante foi comprometida em Londrina, quando não encontrou muito espaço em campo.
No jogo da volta, sua atuação virou suspense, por causa de um desconforto muscular na coxa direita. Situação que levou o técnico Marquinhos Santos a adiar mais do que permitido a escalação, inclusive quebrando o protocolo definido pelo Regulamento Geral da Competição determinando a assinatura da súmula trinta minutos antes da partida no Couto.
Apesar de entrar em campo, não resistiu e foi substituído por Keirrison.
Após participar dos 17 jogos no ano (incluindo a Copa do Brasil), o jogador representou uma baixa bastante expressiva contra o Operário.
“Ele ficou chateado com o risco de não disputar a final. Mas não se abateu. Sabe que contribuiu. Fez a sua parte enquanto estava disponível. A folga na artilharia também ajuda um pouco ele ficar tranquilo”, ponderou o empresário do jogador Gianfranco Petruzziello.
A reação do jogador é resultado de maturidade adquirida após passar pelo momento mais difícil da carreira, a lesão no joelho direito em 2013. “Lá houve a necessidade de um acompanhamento de profissionais. Um trabalho psicológico”, relembrou.
O atacante não pode mesmo se abalar. O jogador tem planos ambiciosos: marcar 30 gols na temporada. Se puder, um deles na decisão para ajudar no título alviverde na tarde de domingo no Couto Pereira.
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