O Coritiba é o time que mais recebeu cartões amarelos no Campeonato Brasileiro. Ao lado do Avaí, o Coxa foi advertido 39 vezes em dez rodadas.
Ao ser derrotado pelo Atlético-MG por 2 a 0 na quarta-feira (1.º), jogadores e o treinador Ney Franco tentaram desviar o foco do resultado para o suposto rigor exagerado do árbitro Bráulio da Silva Machado. Resultado: cinco amarelos.
A reclamação, porém, não se sustenta. Pelo menos na conta geral da competição. Dos 39 amarelos, 32 foram decorrentes de faltas cometidas. De acordo com o site Footstats, o Alviverde cometeu 184 infrações, o maior número do Brasileirão. A segunda colocação é dividida entre Atlético e São Paulo, com 156 – os números dos jogos dessa quinta-feira (2) não foram contabilizados.
Com tantas faltas, as reclamações tornaram-se recorrentes. Só no confronto com o Galo, quatro contestações sobre as decisões do árbitro resultaram em cartões amarelos – Luccas Claro (que está suspenso para o jogo com o Joinville), Welinton, Lúcio Flávio e Alan Santos foram punidos. Até esse jogo, a equipe somava três.
Os sete amarelos por reclamação, inclusive, já são bem superiores aos dez recebidos em todo o Brasileirão do ano passado.
Consequência também de uma determinação da CBF. No início do campeonato, a entidade orientou os árbitros para que tivessem tolerância zero contra reclamações. Não à toa que os números deste ano são muito superiores.
Nas dez primeiras rodadas da Série A de 2014, foram mostrados 39 cartões por reclamação, enquanto que neste ano foram 122 pelo mesmo motivo. Nas 38 rodadas do ano passado, foram 187 advertências por contestações à arbitragem.
E não são apenas os jogadores que têm sido advertidos fortemente pelas arbitragens. Os técnicos também têm sentido essa determinação. Ney Franco, por exemplo, foi expulso contra o Atlético-MG. Depois da partida, alegou desconhecer o motivo da advertência e classificou essa nova postura da arbitragem como “frescura” – segundo a súmula, ele teria protestado com gestos e palavras a decisão do árbitro em um lance da partida.
A reportagem procurou o Coritiba para comentar os números e as medidas tomadas para evitar que eles aumentem, mas não teve sua solicitação atendida.
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