Arquitetura
Coletivo quer “humanizar” área central degradada

Caminhada do projeto Atelier de Rua para avaliar qual rua receberá a primeira intervenção do grupo em Curitiba. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo | Gazeta do Povo
O projeto português Atelier da Rua promoveu neste domingo (8) uma caminhada coletiva pelas ruas de Curitiba para avaliar qual espaço merece receber a primeira intervenção do grupo na cidade, que poderá ser um novo mobiliário urbano, murais artísticos ou até mesmo um novo paisagismo. De acordo com as pessoas que participaram da atividade, a escolha ficará entre a Travessa da Lapa e a Rua João Negrão.
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“São dois locais importantes com perfis parecidos de espaços que não facilitam o caminhar das pessoas e que acabam promovendo a desconectividade da cidade”, avalia o arquiteto irlandês Duncan Crowley, que integrou a caminhada do grupo e já participou de outros projetos similares na Irlanda, Croácia e Espanha.
O grande objetivo do grupo é devolver a cidade para as pessoas, fazendo as comunidades participarem da retomada dos espaços públicos. “Não podemos esperar só pelo poder público. Existe o Plano Diretor, por exemplo, mas ele pensa no macro, e, muitas vezes, diversos espaços pontuais não são contemplados e são esquecidos”, explica a arquiteta Isabella Pagnoncelli, que também participa do grupo.

Segundo a arquiteta Danielli Costa Wal, que organiza o projeto na cidade, agora o grupo vai escolher com qual rua trabalhar e depois irá colher sugestões do que fazer no local. Somente depois que o projeto estiver pronto é que as intenções serão alinhadas com a Prefeitura de Curitiba.
A ideia nasceu em 2014 com a arquiteta e urbanista Maria João Pita. Agora o projeto cruzou o Atlântico e será divulgado no Festival de Cinema de Urbanismo de Toronto deste ano, a fim de que outras cidades também adotem a ideia.