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Humor

Frases da Semana: “Não sou canabizeiro, sou maconheiro”

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“O Brasil possui um débito com o Nordeste” – Lenine, cantor, denunciando suposta xenofobia contra nordestinos. E não é só com o Nordeste. A essa altura, difícil mesmo é achar alguém com quem o Brasil ainda tenha algum crédito.

“A gramática nunca dominou a linguagem falada; em breve não dominará a escrita” – Itamar Vieira Jr, escritor. Que previsão otimista! Pelo que se lê por aí, a gramática não apenas já foi derrotada: foi torturada, fuzilada e enterrada como indigente.

“Me chamam de Adolf Hitler e tentam me associar com essa pessoa que nunca cheguei a conhecer” – Adolf Hitler Uunona, político africano, sobre carregar nome de ditador genocida. Se para ele está ruim, imagina pra um amigo meu chamado Alexandre de Moraes, que, de quebra, ainda é careca e torce pelo Corinthians.

“Trinta e cinco escolas fechadas hoje por causa da operação Barricada Zero. Nossas crianças hoje não têm direito ao acesso ao ensino e amanhã não terão oportunidades! Até quando?” – Dani Monteiro, deputada estadual (PSOL-RJ), criticando operação do governo do RJ contra facções criminosas. Ainda bem que a educação no Rio está falida. Imagina o trauma dessas crianças se fossem alfabetizadas e pudessem ler uma sandice dessas.

“Eu não sou ‘canabizeiro’; eu sou maconheiro” – Renato Freitas, deputado estadual (PT-PR), anunciando que vai plantar cannabis com ex-presidiários. Pelo menos ele foi sincero. Esse papo de “canabis medicinal” é conversa pra boi brisar.

“Eu me sinto até um pouco constrangido por ter feito tanto por essas crianças e ter que responder” – Hytalo Santos, influenciador preso por exploração infantil. Fez tanto pelas crianças que, comovida, a Justiça resolveu presenteá-lo com teto, comida e, principalmente, tempo para refletir sobre sua imensa generosidade.

“Uma excelente semana! Anistia ampla, geral e irrestrita! Chega de covardia e injustiça” – Luiza Tomé, atriz, no Twitter. Depois dessa, para ser convidada para a festa de Natal no Projac, só com anistia ampla, geral e irrestrita mesmo.

“As feias a gente manda todas para o PT” – Bia Kicis, deputada federal (PL-DF), elogiando a beleza das mulheres de seu partido. Às vezes, a situação é tão braba que nem o PT aceita; daí a única opção é descarregar no PSOL.

“Fim do ano melhor do que o esperado” – Míriam Leitão, blogueira e imortal da ABL, n’O Globo. A nossa imortal, enquanto o Titanic afundava: “A orquestra segue impecável, mesmo com a água nos joelhos. Sem dúvida, será um desastre melhor que o esperado!”.

“Recebemos com otimismo a notícia da conversa entre o Presidente Trump e Lula. Sanções nunca são um fim em si mesmas; são instrumentos legítimos para corrigir violações graves quando outras vias foram bloqueadas” – Eduardo Bolsonaro, deputado federal exilado. Peraí, alguém me explica isso, porque ou eu ou o 02 enlouquecemos de vez. Provavelmente os dois.

“Hoje é o dia mais importante da minha vida como político! Acabou de ser aprovado na Câmara meu projeto, que a partir do ano que vem, quem tiver carro acima de 20 anos não vai pagar mais IPVA” – Cleitinho, senador (Republicanos-MG). Quando o auge da carreira de um senador é isentar o IPVA do Chevette 82, você entende por que as pautas da direita não pegam nem no tranco.

“O Bope só matou otário, vagabundo, bandido. Tinha trabalhador ali? Não” – Washington Quaquá, vice-presidente do PT, sobre a megaoperação contra facções no RJ. Depois a direita do “bandido bom é bandido morto”, chegou a vez da esquerda do “otário bom é otário morto”.

“Essas tranqueiras não podem voltar mais. Se eu for candidato, é pra ganhar as eleições” – Lula, sobre rivais à direita em 2026. É o sujo falando dos levemente encardidos.

“Na Europa, as pessoas não falam com você. Você vai pedir uma informação, as pessoas saem correndo. A gente tem esse poder: o borogodó, axé, gingado” – Rosana Hermann, humorista. Claro que o europeu sai correndo. Da última vez que um brasileiro se aproximou com tanto “borogodó” e “gingado”, ele perdeu a carteira, o passaporte e o relógio num arrastão em Copacabana.

“Vagabundo que bate em mulher não precisa votar em mim” – Lula, sobre o feminicídio. Cuidado: assim você pode acabar perdendo o voto de alguma pessoa próxima.

Bom dia, Venezuela

“Atenção a todas as companhias aéreas, pilotos e traficantes de drogas e de pessoas: considerem o espaço aéreo da Venezuela como totalmente fechado” – Donald Trump, presidente dos EUA. Será que o Itamaraty já negociou um salvo-conduto para os “voos da alegria”, levando os corruptos amigos em missão oficial?

“Gostaria de saber sob qual norma do direito internacional um presidente de um país pode fechar o espaço aéreo de outra nação?” – Gustavo Petro, ex-guerrilheiro e narcopresidente da Colômbia. É tipo uma Lei da Física: o número de porta-aviões que você possui é inversamente proporcional à sua obrigação de responder perguntas idiotas.

Os leves excessos do STF

“Condenação de golpistas tem que ser o fim de um ciclo de exceção” – Pablo Ortellado, professor da USP, sobre excessos do STF. E o isentão achou que seria uma exceção ao Estado de Exceção.

“Quem pode conter o STF por fora é o Congresso, seja pela votação de novos ministros ou outras vias” – Joel Pinheiro da Fonseca, articulista da Folha de S.Paulo, sobre os excessos do STF. Será que essas “outras vias” incluem as vias de fato?

“O STF precisa entender que, com a prisão do Bolsonaro, a sociedade vê agora o STF como maior ameaça à democracia. Acabou a carta branca pra abusar dos poderes” – Pedro Cerize, faria limer. Peraí, a Faria Lima deu carta branca pro STF abusar dos poderes? É cada uma!

Diário da Corte

“Emicida escreveu que, pra eles, negros ‘até pra sonhar tem trave’” – Carmén Lúcia, ministra do Supremo (STF-MG), citando notório jurista Emicida. Imagino que a soltura dos corruptos do Petrolão, enquanto os manifestantes do 8 de Janeiro pegam 17 anos de prisão, deve-se à jurisprudência do eminentíssimo constitucionalista Bezerra da Silva, que dizia: “Malandro é malandro e mané é mané”.

“Cansamos de ser casados, mas não de ser amigos” – Gilmar Mendes, ministro do Supremo (STF-MT), anunciando suposta separação de sua outra metade da laranja, após ser alvo de sanções dos EUA. Dizem as más línguas que, em Brasília, o clero agora só celebra casamentos com “até que a Magnitsky os separe”.

“Ditadura é como erva daninha, que precisa ser cortada” – Carmén Lúcia, em mais uma de suas divagações em voz alta. Pois é, Carminha. A diferença é que erva daninha a gente arranca pela raiz. Não fica cultivando como se fosse um bonsai.

“É nítida a tentativa do Executivo de criar a falsa impressão de que divergências podem ser resolvidas com cargos e emendas” – Davi Alcolumbre, presidente do Senado (União-AP), sobre articulações de Lula para colocar Bessias no STF. A impressão pode até ser falsa, mas a intenção do quiproquó é sempre sincera.

“Se tivessem dado golpe, eu estava [sic] na prisão” – Cármen Lúcia, sobre o processo do suposto golpe, o qual julgou e, pelo visto, acredita ser vítima. Fica a lição: a primeira providência da corja golpista é prender seus adversários políticos.

“Não há no mundo um Poder Judiciário tão forte quanto o Poder Judiciário no Brasil” – Alexandre de Moraes, ministro do Supremo (STF-SP). Um Judiciário realmente “forte”. Tanto quanto um mau hálito ou uma diarreia explosiva. Ou seja, muito forte, mas não exatamente motivo de orgulho.

“O STF não deve legislar em causa própria, especialmente com motivações políticas” – João Amoêdo, candidato derrotado à presidência, sobre decisão de Gilmar Mendes que blinda ministros contra impeachment. Para Amoêdo, o maior problema não é o STF legislar em causa própria. É a causa não ser a dele.

“Eu sou enfermeiro que já viu sangue” – Gilmar Mendes, negando preocupação com repercussão negativa de sua decisão em blindar o STF. Não duvido que o ministro já tenha visto muito sangue. Porém, imaginava que tivesse sido no açougue ou na Transilvânia.

“Existem hoje 81 pedidos de impeachment contra integrantes do Supremo. Isso jamais aconteceu no Brasil e nunca aconteceu em nenhum país do planeta Terra” – Flávio Dino, ministro do Supremo (STF-MA), justificando a blindagem feita por Gilmar Mendes. Deve ser porque em nenhum lugar do mundo existe um Judiciário tão “forte” quanto no Brasil.

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