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Protesto em Medellín em fevereiro contra as reformas propostas pelo presidente colombiano, Gustavo Petro
Protesto em Medellín em fevereiro contra as reformas propostas pelo presidente colombiano, Gustavo Petro| Foto: EFE/Luis Eduardo Noriega A

O Ministério Público da Colômbia anunciou nesta sexta-feira (3) que começou a investigar as acusações contra o deputado Nicolás Petro, filho do presidente do país, Gustavo Petro, que foi acusado pela ex-mulher de receber dinheiro de um traficante de drogas para a campanha eleitoral do pai.

“Foi formado um grupo de promotores, investigadores e especialistas que se dirigiram à Barranquilla e já iniciaram as primeiras diligências com a senhora denunciante Day Vásquez, que, publicamente, forneceu informação sobre o tema”, informou o MP através de comunicado.

O órgão ainda anunciou que estão sendo avaliadas as condições de risco da ex-mulher do filho do ex-presidente, “para gerar as condições de proteção que sejam necessária”.

Vázquez garantiu, em entrevista publicada na revista Semana, que o narcotraficante Samuel Santander Lopesierra, apelidado de El Hombre Marlboro, entregou ao filho de Petro, que é deputado pela provínca de Atlántico, “mais de 600 milhões de pesos (R$ 651,6 mil)” para a campanha do pai à presidência.

“Isso nunca chegou legalmente à campanha, porque ele ficou com o dinheiro”, disse a ex-mulher de Nicolás, que ainda mencionou o recebimento de 200 milhões de pesos (R$ 217,2 mil) do empresário Alfonso “Turco” Hilsaca, que também não teriam chegado à campanha.

As acusações vieram à tona pouco depois que o presidente pediu nesta quinta-feira (2) ao Ministério Público que investigue seu irmão e seu filho mais velho.

“Referente ao pedido de investigar Juan Fernando Petro, irmão do presidente, o Ministério Pùblico abriu uma notícia crime de ofício em 23 de janeiro, com base em um relatório apresentado pelo Departamento de Análise Criminal [do Corpo Técnico de Investigação]”, indicou o próprio MP.

Em um comunicado emitido na quinta-feira, o presidente colombiano afirmou que “o único funcionário que tem o aval do governo para manter contato com organizações à margem da lei com o objetivo único de buscar a paz é o Alto Comissário para a Paz, Danilo Rueda”.

“Quem quiser interferir neste desígnio [conquistar a paz], ou dela tirar partido pessoal, não tem lugar no governo, mesmo que seja da minha família”, argumentou.

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