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Disparada de preços

Inflação ultrapassa a barreira dos 100% na Argentina e é a mais alta desde 1991

Supermercado em Buenos Aires: após inflação de 94,8% em 2022, país chega a uma variação de preços de três dígitos no indicador interanual (Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni)

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Os preços ao consumidor na Argentina subiram 102,5% em fevereiro em relação ao mesmo mês no ano passado, informou nesta terça-feira (14) o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). É a inflação mais alta no país desde outubro de 1991.

Quanto ao aumento registrado apenas dentro do mês, os preços ao consumidor subiram 6,6% em relação a janeiro, mostrando uma aceleração em comparação com a taxa de 6% do mês anterior.

Os bens encareceram no mês passado 7% em comparação com janeiro, e os serviços tiveram aumento de 5,7%, totalizando 103,7% e 98,7%, respectivamente, na comparação com fevereiro de 2022.

Entre os aumentos registrados em fevereiro, destacam-se os de alimentos e bebidas não alcoólicas, com encarecimento de 9,8% em comparação com janeiro e 102,6% em termos interanuais.

Os preços ao consumidor acumularam no ano passado um aumento de 94,8%, com uma aceleração notável em relação aos 50,9% registrados em 2021.

Em dezembro, na terceira revisão do acordo assinado com a Argentina em 2022, o Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve a projeção da inflação para o país em 60% para 2023, mas a projeção incluída na quarta revisão, pendente de aprovação pelo conselho do FMI, ainda é aguardada.

Entretanto, as previsões privadas mais recentes coletadas mensalmente pelo Banco Central argentino indicam que a inflação será de 99,9% este ano e 81,7% em 2024.

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