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Praias do Rio da Prata (imagem de arquivo), na província de Buenos Aires, foram fechadas por conta de risco | /Wikimedia
Praias do Rio da Prata (imagem de arquivo), na província de Buenos Aires, foram fechadas por conta de risco| Foto: /Wikimedia

Uma invasão de cobras que viajam sobre camalotes (plantas flutuantes que descem os rios), consequência das cheias e inundações no nordeste da Argentina, levou ao fechamento de praias do rio Paraná e da Prata em pleno verão -- informaram nesta segunda-feira (18) das autoridades.

O fenômeno chegou na segunda-feira às costas do Rio da Prata, na orla de Buenos Aires, e em Quilmes, no sul da capital.

Répteis, lontras e lagartos se deslocam por esta planta aquática típica da região, que forma espécies de ilhas flutuantes e descem pelas águas do nordeste do país. “Nós aumentamos a conscientização sobre o risco e o perigo que existe. Há lontras e yararás e espécies de serpentes que são venenosas”, disse Matthias Leis, chefe da área costeira de Quilmes.

De acordo com Leyes, “as praias de Quilmes foram fechadas para a prevenção. Durante a semana limpamos os bancos e por isso avistamos as serpentes sobre a vegetação subaquática, os camalotes de água”.

Desde meados de dezembro, o nordeste da Argentina, assim como áreas do Paraguai, do Uruguai e do Brasil, sofreram uma das piores inundações da história, pelas cheias dos rios devido a intensas chuvas e tempestades provocadas pelo fenômeno El Niño.

“Eu acredito que a cheia se explica pela quantidade de aterros ilegais que foram construídos, a agricultura industrial em zonas não aptas e as represas”, disse à AFP Mariana Mina, dona do ecocamping ‘Los Benitos’ e integrante da ONG ambientalista “El Paraná no se toca”.

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