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Ditadura

Venezuela anuncia que oposicionista favorita para eleição presidencial não poderá concorrer durante 15 anos

A ex-deputada María Corina Machado, uma das favoritas nas primárias da oposição para as eleições presidenciais de 2024 na Venezuela (Foto: EFE/Miguel Gutiérrez)

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A Controladoria-Geral da Venezuela confirmou que a ex-deputada María Corina Machado, uma das favoritas nas primárias da oposição para as eleições presidenciais de 2024, está desabilitada a concorrer a cargos eletivos por 15 anos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (30) pelo deputado nacional José Brito.

De acordo com a Agência EFE, em documento divulgado pela assessoria de imprensa do parlamentar, a controladoria disse que o impedimento de Machado de participar de eleições ocorreu após investigação patrimonial que apontou atos contra a “ética pública, a moralidade administrativa, o Estado de Direito, a paz e a soberania” da Venezuela.

Além de supostos erros e omissões nas declarações de bens, “foi apurada a existência de fundos administrados a serem justificados que representavam uma porcentagem próxima de 50% dos fundos administrados no período avaliado, constituídos por depósitos e notas de crédito de origem desconhecida em bancos nacionais [...] e operações e notas de crédito de origem desconhecida em moeda estrangeira”, acrescentou a controladoria.

O órgão da ditadura chavista informou ainda que Machado seria participante de uma “trama de corrupção orquestrada” pelo líder oposicionista Juan Guaidó, que levou a um “bloqueio [econômico] criminoso” da Venezuela, bem como à “exploração flagrante” de empresas e riquezas venezuelanas no exterior, com a “cumplicidade de governos corruptos”.

“O bloqueio solicitado por María Corina Machado, em conluio com o usurpador Juan Guaidó, entre outros, gerou o sequestro de US$ 4 bilhões retidos no sistema bancário internacional”, afirmou a controladoria.

No Twitter, Machado negou as acusações e disse que pretende seguir concorrendo nas primárias da oposição venezuelana, que serão realizadas em outubro.

“É uma ‘desabilitação’ inútil, que só mostra que o regime sabe que já está derrotado. Agora vamos votar com mais força, mais rebeldia e mais vontade nas primárias. Aqui, quem habilita é o povo da Venezuela. Até o fim é até o fim!”, escreveu a oposicionista.

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