A família Yared não pretende tentar aumentar a pena de 9 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado, do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho. Assistente da acusação, o advogado Elias Mattar Assad disse considerar o veredito justo. Segundo ele, o caso será um marco para situações semelhantes em todo o país.
“A pena que o juiz estabelecesse nós aceitaríamos. Creio que o veredito foi justo. Da nossa parte, inclusive, nós não vamos recorrer para o aumento de pena”, afirmou Assad. “Esse caso tem todos os requisitos configuradores do dolo eventual. Ele será utilizado para outras situações idênticas. Os tribunais se basearão nesse caso como um caso líder, para que nós tenhamos mais respeito pelas rodovias e vias urbanas de nosso país.”
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Juarez Küster, assistente de acusação por parte da família de Carlos Murilo de Almeida, a outra vítima da colisão, também afirmou que considerou a pena imposta ao réu justa e que não pretende recorrer.
O promotor Marcelo Balzer sinalizou que não tem intenção de recorrer da decisão desta quarta-feira (28) – ele disse que iria discutir o assunto com Assad. “Num primeiro momento, está dentro daquilo que buscávamos. O importante era que a sociedade curitibana, através do seu conselho de sentença, dissesse que isso aqui é um crime doloso contra a vida”, declarou. “Beber e dirigir não pode mais ser uma banalidade. Isso não pode ser tratado como acidente. Que sirva de exemplo a todos, era isso que nós buscamos aqui como voz da sociedade.”
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