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Até o dia 5 de agosto os partidos políticos vão realizar suas convenções para definir o rumo que cada legenda vai seguir na eleição. A formação de coligações é importante para os candidatos que buscam maior competitividade na disputa. Quanto maior a coligação dos postulantes à Presidência da República, mais tempo de TV, dinheiro e cabos eleitorais eles terão espalhados pelo país.

Os presidenciáveis terão dois blocos de 12 minutos e meio, três vezes por semana, para exibir a propaganda eleitoral no rádio e na TV. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o horário eleitoral gratuito para esses candidatos será nas terças, quintas e sábados, das 13h às 13h12 e das 20h30 às 20h42, na televisão. No rádio, os dias são os mesmos, mas os horários, diferentes: das 7h às 7h12 e das 12h às 12h12.

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Divisão do tempo

O TSE também calcula quantos minutos cada candidato vai ter para exibir sua propaganda. Esse cálculo é feito com base na bancada eleita pelo partido na Câmara dos Deputados em 2014. Dos 12 minutos e meio disponíveis, um minuto e 15 segundos (10% do total) será dividido igualmente entre todos os candidatos à Presidência. Os outros 90% são divididos proporcionalmente de acordo com a bancada eleita na Câmara.

“Assim que as coligações são efetivamente formadas há uma reunião no TSE e se define lá o plano de mídia, até para ver a ordem de quem vai começar a propaganda”, explica o advogado eleitoral Paulo Golambiuk, do escritório VG&P Advogados.

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Antes da formação oficial das coligações, não é possível ter certeza de como o tempo será dividido entre os candidatos. Isso porque só entram no cálculo os seis maiores partidos de cada coligação. Ou seja, supondo que algum candidato forme uma coligação com 10 partidos, apenas os seis maiores serão utilizados na divisão proporcional do tempo. “Com as convenções dá para fazer um cálculo aproximado, mas definitivo mesmo só depois da reunião no TSE”, ressalta Golambiuk.

Estimativas

Os maiores partidos da Câmara são, respectivamente, PT, MDB e PSDB – os três têm pré-candidatos à Presidência e devem se coligar com alguém. Se todos os partidos com representação na Câmara lançassem candidatos, o PT teria aproximadamente 1 minuto e 31 segundos de tempo de TV; o MDB, 1 minuto e 27 segundos; e o PSDB, 1 minuto e 13 segundos.

Partidos do Centrão são importantes porque estão logo atrás dos três principais no ranking de tempo de TV. O quarto maior partido é o PP, seguido por PSD, PSB, PR, PTB, PRB e DEM. O PSL, de Jair Bolsonaro, teria direito a cerca de 3 segundos.

Com as coligações que vão se desenhando, porém, o cenário muda um pouco. O PSDB caminha para ser o partido com uma coligação mais robusta, graças ao apoio dos partidos do Centrão. Geraldo Alckmin pode chegar a cerca de 5 minutos e 21 segundos do tempo de TV. O PT, sem se coligar com ninguém, teria por enquanto 1 minuto e 49 segundos, seguido pelo MDB, que por enquanto também está sozinho sustentando a candidatura de Henrique Meirelles, com 1 minuto e 45 segundos.

O Podemos, de Alvaro Dias, tenta reunir uma coligação com partidos nanicos que pode garantir cerca de 58 segundos de tempo de TV. Em um cenário levando em conta as coligações previamente formadas, Bolsonaro teria cerca de 8 segundos; Marina Silva, 9 segundos; e Ciro Gomes, 36 segundos.

Veja o ranking do tempo de TV e a simulação de prováveis coligações:

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