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No dia anterior à escolha de Raquel Dodge, o presidente Michel Temer se reuniu com o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes.

O encontro foi realizado na residência do também ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e teve também as participações dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).

Mendes, que se tornou uma espécie de conselheiro jurídico de Temer, era um dos principais defensores da escolha de Dodge para substituir o atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O ministro teve um papel fundamental na escolha do ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes para a vaga de Teori Zavascki na Suprema Corte, em março.

Nesta quarta-feira (28), Temer escolheu Dodge no mesmo dia em que recebeu a lista tríplice para o cargo promovida pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República).

A indicação de Dodge será publicada na edição desta quinta-feira (29) do “Diário Oficial da União”. Com a iniciativa, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), poderá marcar a sabatina. Se for aprovada pelos senadores, será a primeira mulher a comandar a PGR.

Na noite desta quarta-feira (28), após o anúncio, Dodge se reuniu por cerca de uma hora com Eunício, no gabinete do presidente do Senado, para discutir o tema. O encontro não estava na agenda de Eunício e foi feito com discrição.

O Palácio do Planalto quer realizar a sabatina o mais rápido possível, para evitar que um eventual agravamento da crise política possa inviabilizar a sua nomeação. A ideia é que ela seja lida nesta quinta-feira (29) no plenário do Senado e enviada para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

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