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Eles brincam de fazer cinema e nós pagamos a conta
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O ministro da Cultura Sérgio Sá Leitão apresentou nesta quinta-feira (26) em São Paulo o que chamou de “números inéditos” sobre o cinema nacional, um balanço produzido a seu pedido pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) que mostra que, dos 881 filmes produzidos desde 2012, 438 tiveram a média de 3.650 ingressos vendidos.

Cerca de 20% dos filmes do período ficaram entre 3.650 e 14 mil espectadores (178 produções), enquanto 14% chegaram a 100 mil espectadores. Somente 8% atingiram meio milhão de espectadores (73 filmes) e 3% ficaram entre 500 mil e um milhão (23 filmes), e 48 ultrapassaram um milhão de espectadores. (link nos comentários)

São números tão pífios que o ministro da cultura sentenciou: “Meus amigos, eu posso afirmar, pela experiência que tenho na área, que dessa maneira não se desenvolve uma indústria do audiovisual”. Sá Leitão ironizou, dizendo que tem mais amigos no Facebook do que isso. “Não são todos amigos. Mas pelo menos não há haters”, disse.

O Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), um dos mecanismos de apoio ao cinema nacional, arrecadou R$ 7,7 bilhões desde 2012 (em 2017, R$ 1 bilhão oriundo das teles). Desse total, R$ 3,8 bilhões foram destinados ao cinema. Resumo da ópera, segundo João Luiz Mauad, colunista do Instituto Liberal: “eles brincam de fazer cinema e nós pagamos a conta”.

Eu acrescento: é pior do que “brincar de fazer cinema”. Esses cineastas e artistas brincam de fazer revolução com o nosso dinheiro. Pendurados nas tetas estatais, sentem-se confortáveis para ignorar o público – vide o fracasso de bilheteria – fazendo filmes que enaltecem comunistas, e depois bancando os ativistas em defesa de PT e companhia. Naquela lista de apoio a Lula o que mais tinha era cineasta!

Até quando vamos bancar essa farra vermelha? Esse filme é de terror e não tem a menor graça…

Rodrigo Constantino

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