Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal
“Empoderamento” é uma daquelas palavras que se tornaram essenciais, indispensáveis para a esquerda vegetariana, e mesmo a carnívora, no cardápio das perversões linguísticas que produzem.
Eu já escrevi sobre ela há muito tempo dizendo que é um conceito que se tornou indigesto.
Fazendo uma analogia, é como se a esquerda, para impor o pós-modernismo empurrando seus termos goela abaixo da sociedade, criasse uma fábrica de embutidos especializada em pegar palavras específicas e tirar o seu conteúdo original, reciclando a matéria prima, impregnando-as com substâncias tóxicas.
Eu não sou fã de embutidos porque não sei o que tem ali dentro.
Ninguém com bom gosto engole essa palavra “empoderamento”, porque a fábrica de embutidos da esquerda pós-moderna se encarregou de recheá-la com coisas que fazem mal.
Ocorre que não podemos, como seres humanos, animais que se alimentam com as palavras, irmos dispensando-as até voltarmos aos tempos das cavernas onde apenas grunhíamos.
Por sinal, é nisso que a esquerda quer nos transformar, em primitivos seres selvagens vivendo na miséria, comendo plantas, agrupados em estado natural, como se todos quisessem viver nos lamaçais de Woodstock fazendo sexo livre, ouvindo Joan Baez e Bob Dylan, amortecidos por nuvens de maconha, financiados pela mesada dos pais.
Precisamos reverter esse processo!
Não faz sentido deixar a esquerda dar às palavras o sentido que ela quer para servirem de alimento ao seu voraz apetite pelo poder.
Dissecar cada palavra, analisá-la, desembuti-la para desintoxicá-la, recondicioná-la para recolocá-la no mercado com o conteúdo apropriado é a única forma de venceremos essa verdadeira guerra linguística das salsichas e dos salsichões idiomáticos.
Empoderamento do seu próprio ser é algo que os indivíduos precisam descobrir para resistir, e reverter os resultados nessa luta desigual que travamos contra o estado e seus protegidos associados, esses que querem viver cheios de privilégios à custa dos nossos direitos.
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