Quem lembra da empolgação com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, que iam fazer o Rio “bombar”, virar uma espécie de Barcelona tupiniquim? Pois é, parece que foi há uma eternidade. Nós, os céticos e “pessimistas”, bem que tentamos alertar. A comparação mais provável era Atenas mesmo. Haveria muita roubalheira, claro. Gastos desnecessários, elefantes brancos. E existiam outras prioridades, ainda mais num estado com tantos problemas de segurança.
Mas sofremos da maldição de Cassandra. Somos como Laocoonte, que tentava alertar para o engodo daquele enorme cavalo de madeira no portão da cidade. Tudo em vão. As superstições e magias seduzem mais do que a razão. E lá fomos nós, investir uma fortuna para realizar jogos e atrair turistas. Não importa que a conta não fechava. Era a “autoestima” que seria recuperada (risos). E hoje estamos aí, falidos, totalmente quebrados, largados às traças.
Claro que não é obra só de Sergio Cabral, Eduardo Paes e sua turma do PMDB. O estrago maior veio de cima, de Brasília, do governo federal, do PT. Lula e Dilma arrasaram com o Brasil todo, e claro que o Rio seria arrastado junto no mar de lama. Ainda mais com esses pretextos para a gastança desenfreada do governo. Era tentação demais para resistir. E aqui temos uma palhinha da situação atual, com base no mapa da violência:
Fosse Copacabana a Princesinha do Mar – seu mais famoso apelido – deixaria a coroa guardada ou provavelmente já a teria perdido num roubo. O crime bateu o recorde histórico em abril no Rio – 12.089 casos registrados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) – e atingiu em cheio as áreas turísticas da cidade, em especial Copacabana. O bairro viu um crescimento de 213% nos registros de roubo em dois anos.
Desde 2012, o número de roubos está aumentando no Rio. E nos últimos dois anos tem crescido mais nas áreas turísticas do que na média da cidade.
O maior aumento de registros ocorreu na área de cobertura da 12ª DP (Copacabana), onde os roubos passaram de 165 para 516, na comparação entre os quatro primeiros meses de 2015 e de 2017.
O delegado Gabriel Ferrando, responsável pela área, explica que não se pode levar em consideração os números sem analisar outros dados sobre o bairro.
“Copacabana tem uma população flutuante muito grande, que recebe diariamente um grande fluxo de visitantes que vão para a praia, de turistas e de pessoas que são atraídas para grandes eventos, como competições e shows na areia. E local com grande concentração de pessoas é um atrativo para ladrões. Principalmente quando o lugar vive cheio de turistas, que têm um poder aquisitivo mais elevado. Isso explica parte do número elevado de roubos”, disse Ferrando, acrescentando que os roubos de rua representam 30% dos registros diários na delegacia.
Segundo Ferrando, como boa parte das vítimas é turista, que passa em média quatro dias na cidade, o roubo acaba subnotificado. O delegado diz que os turistas desconhecem o programa Delegacia Virtual e não querem perder um dia da viagem numa delegacia.
Copa, Copacabana, a inspiração para músicas, o cartão postal do Rio, a carta de apresentação do Brasil, foco de turistas do mundo todo, com seu clima hedonista, meio libertino. Rio 40 graus, cidade maravilha, purgatório da beleza e do caos. Hoje em dia mais caos do que beleza. Bem mais caos.
E no governo estadual, Pezão! Na prefeitura, Crivella, apesar de alguns questionarem se há mesmo alguém na prefeitura. A alternativa era muito pior, seu sei. Era o socialista Freixo, do PSOL! Mas eis o ponto: vejam ao ponto em que o Rio chegou! Escolher entre Freixo e Crivella: há algo mais medonho?!
Ah, o Rio… capital nacional da esquerda caviar, terra dos atores globais engajados, residência do GNT people. Polo de funcionários públicos, de sindicalistas e empresas estatais. Uma maravilha! O Rio é a cara da “malandragem” nacional, do jeitinho brasileiro. É o Brasil turbinado, o “malandro” com Red Bull (ou cocaína mesmo) no sangue.
Está aí o resultado, minha gente. São Paulo vem tentando melhorar, com o governo Alckmin e o prefeito João Doria. Enquanto o Rio continua abandonado, dominado pela esquerda mais retrógrada de todas, palco preferido de mobilização do PSOL. Favelas que são verdadeiras fortalezas do crime protegidas da polícia, pois bandido é “vítima da sociedade”. Vamos acender mais luzes que tudo ficará bem…
Se o Brasil cansa (e cansa), o Rio cansa em dobro. Trata-se de um experimento fracassado. Seria necessário eliminar todo o esquerdismo doentio que domina a mentalidade do carioca típico para começar a pensar numa solução. Há saída? Digo, além do Galeão?
Rodrigo Constantino
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