Um grupo mobilizado pelos terroristas do Hamas tentaram invadir o país vizinho, e claro que haveria reação. Israel não tem como permitir esse tipo de iniciativa, e os terroristas palestinos sabem que não têm a menor chance de sucesso. Ao menos não na guerra em si. Por que, então, se lançam contra a fronteira israelense, sabendo da inevitável resposta militar que virá?
É simples: estão de olho na guerra midiática, de narrativas, e não se importam se algumas vidas forem eliminadas no processo. Ao contrário: quanto mais perdas, melhor, pois se tornam mártires da causa, cadáveres que os jornalistas podem expor ao mundo para mostrar a “crueldade” israelense. Se alguma criança ou mesmo bebê morrer, mais impacto ainda isso terá na guerra contra Israel.
E com uma mídia judeofóbica e ávida para um discurso de Davi x Golias, o convite é irresistível para pintar Israel como o forte implacável que conta com a ajuda “estadunidense”, esmagando os pobres palestinos descalços que só querem mais “justiça social”. Vejam essa chamada no GLOBO e a imagem logo abaixo, de Netanyahu e a filha de Trump aplaudindo, como se aplaudissem o “massacre” em si:
No breve editorial escrito sobre o caso, novamente o destaque para a “equivalência moral” do conflito, como se ambos os lados tivessem seus motivos e razão para agir como agem, e no fundo condenando a reação israelense e a decisão de Trump de mudar a embaixada de lugar, como se jamais “ofender” palestinos terroristas fosse a única saída para evitar esse tipo de tragédia.
Reparem, ainda, como o editorial parece ficar surpreso com a “coincidência” de o conflito ocorrer justo no aniversário de Israel, como se não fosse justamente por causa dele que os terroristas do Hamas resolveram agir:
O editorial está claramente responsabilizando Trump pela desgraça, ignorando que foram os palestinos que decidiram atacar Israel e ameaçar com uma invasão territorial, casus belli clássica para uma guerra. O que queriam? Que Israel não se defendesse? Que Trump não tivesse a liberdade de seguir prerrogativa do próprio Congresso americano para escolher onde sua embaixada deve ficar? São todos reféns dos terroristas?
É a mesma mentalidade de quem acha que não se deve reagir a assaltos, a invasores de terras, pois isso vai só gerar mais conflito. São os “pacifistas” que enalteceram o acordo de paz com Hitler, ou o acordo de pai para filho de Obama com o Irã. Para essa turma, o alerta de George Orwell nunca é lembrado: “O jeito mais fácil de encerrar uma guerra é perde-la”.
Eles adorariam, no fundo, ver Israel submetendo-se a uma “democracia” de maioria islâmica, para ser finalmente “varrido do mapa”. Felizmente, Israel não liga a mínima para essa histeria midiática e segue fazendo o que precisa ser feito para se defender e continuar sobrevivendo. O sangue que escurece a região está nas mãos de quem não aceita a simples existência de Israel e pretende atacar judeus só porque celebram o septuagésimo aniversário de sua nação livre e próspera.
Rodrigo Constantino