Um grupo “Antifa” de Chicago chamado “Haymaker” tentou levantar fundos recentemente para uma startup de uma academia para “autodefesa”. O grupo teve sua primeira aula esta semana. Ou algo do tipo.
O esforço coletivo de captação previa doações de $50 mil, mas ficou “um pouco” abaixo disso: $44 mil abaixo, para ser mais preciso. Na descrição da academia, consta o seguinte:
Após a eleição de Donald Trump e da extrema-direita, Haymaker: Popular Fitness & Self-Defense está trazendo treinamento gratuito de artes marciais para Chicago para quem quer aprender autodefesa. Somos um novo tipo de fitness center, baseado nos princípios de autonomia, força e solidariedade.
E haja solidariedade! Pois parece faltar força. No site, está escrito ainda que a academia é “um lugar onde pessoas, independentemente de suas habilidades, podem aprender as técnicas que precisam para permanecer seguras na América de Trump”.
Dado que o grupo não levantou nada perto da quantia necessária, seus membros estão trabalhando no gramado atrás do Adler Planetarium no campus do Museu de Chicago.
Um vídeo foi produzido pelo Unicorn Riot (WTF?!), que se diz “sua mídia alternativa”, e mostra os criadores explicando o conceito e suas metas ambiciosas com o startup modesto.
A academia pretende treinar os alunos contra a “supremacia branca” (apesar de só ter alunos brancos), e a combater a “cultura masculina hetero-normativa” das academias comuns. Trata-se de um “lugar seguro” para aqueles que se sentem ameaçados pela América de Trump.
“Muitas pessoas acham que quando você aprende a lutar isso é sobre ser agressivo ou aprender a começar brigas com os outros. Não é assim que somos de forma alguma”, disse um deles. Outro acrescentou: “Nós estamos realmente investindo em nossas capacidades para que nossos corpos fiquem mais fortes, porque no final do dia pessoas mais fortes são mais difíceis de serem assassinadas”.
Os “Antifas” delicados estão aterrorizados mesmo com os “fascistas” que votaram em Trump, aquelas senhoras religiosas que frequentam a missa aos domingos. Não parecem se importar muito com os colegas “Antifas” porém, aqueles que colocam máscaras, pegam tacos e saem por aí quebrando tudo, intimidando os outros, depredando patrimônio público e privado. Até porque para se proteger desses só mesmo com uma arma de fogo…
Um dos membros da academia afirmou no vídeo que “todos são bem-vindos, exceto alguns grupos”, como policiais e aqueles afiliados à “extrema-direita”. A tolerância e a pluralidade tem limites, claro, e não pode incluir eleitores de Trump. Mas acho que podem ficar tranquilos, pois dificilmente algum “red neck” ficaria animado para fazer essas aulas incríveis de autodefesa. As gazelas estão a salvo!
Rodrigo Constantino
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