Quantidade
Dependendo da idade, cada pessoa tem necessidade de uma quantidade diária de cálcio. Confira:
- Bebês até os seis meses 400 a 600 miligramas. Nesta fase, o próprio leite materno é capaz de suprir esta necessidade.
- Crianças até 5 anos 800 miligramas.
- Crianças até 12 anos 1 grama.
- Adolescentes, adultos e idosos 1,5 grama.
Fonte: Lóris Janz Junior, médico reumatologista pediátrico do Hospital Vita Curitiba.
Mitos e verdades
Veja o que é comprovado quando o assunto é osteoporose infantil:
Obesidade é fator de risco para a doença.
Verdade. Crianças obesas geralmente têm maus hábitos alimentares e são sedentárias, dois fatores que causam a doença. Além disso, o excesso de peso causa uma sobrecarga nos ossos e articulações, o que também facilita o aparecimento do problema.
Refrigerantes à base de cola causam osteoporose.
Nem mito, nem verdade. Tomar um copo de refrigerante uma vez por semana ou a cada 15 dias não prejudica em nada a saúde. O problema é o excesso, já que as bebidas à base de cola são ricas em fósforo, mineral que "rouba" cálcio dos ossos e leva à osteoporose.
Meninas têm mais chances de desenvolver a doença.
Mito. Entre os adultos, 80% dos pacientes com osteoporose são mulheres, mas, nas crianças, não há uma prevalência de sexo.
Quem tem criança em casa sabe da rotina de machucados, arranhões e até mesmo de dores nos braços após um dia de brincadeiras. Mas, se ao mínimo esforço e em atividades do dia a dia, como caminhar, pular ou subir escada, muitas dores ou fraturas sérias acontecem, esses podem ser sinais de osteoporose.
Veja a comparação nutricional entre alimentos fontes de cálcioApesar de a doença preocupar principalmente mulheres a partir da menopausa, crianças e adolescentes não estão livres dela. O problema compromete a saúde e a resistência dos ossos, deixando-os frágeis e suscetíveis a fraturas ao mínimo movimento. Segundo Lóris Janz Junior, médico reumatologista pediátrico do Hospital Vita Curitiba, a osteoporose infantil acomete principalmente crianças e adolescentes com doenças renais crônicas, problemas reumatológicos, asma, distúrbios na tireoide e doenças intestinais que causam falhas na absorção de nutrientes. "Mas também podem haver causas genéticas ou ser observada a partir do uso frequente de algumas medicações, como remédios à base de corticoides, anticonvulsionantes e quimioterápicos", explica Marise Lazaretti, médica endocrinologista e chefe do setor de doenças osteometabólicas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Maus hábitos
Outra combinação que vem preocupando os médicos pelo aumento de registros se deve a três vilões bem conhecidos dos pais: muito fast food, litros e litros de refrigerante e dias inteiros na frente do computador ou do videogame. "Crianças com maus hábitos alimentares, sedentárias e que não ingerem uma quantidade razoável de cálcio e vitamina D diariamente correm um sério risco de desenvolver a doença desde muito cedo, comprometendo a qualidade de vida", comenta Janz Junior.
Segundo ele, duas características ajudam na incidência da doença entre as crianças e adolescentes: a osteoporose não causa sintomas e raramente os pacientes sentem dor até acontecer a primeira fratura. "O idoso com osteoporose sente dor nos ossos e isso agiliza o diagnóstico. A criança e o adolescente não, então o problema só é identificado quando o paciente dá entrada no hospital com uma fratura séria e o raio-X mostra o problema."
Por isso, é bom os pais ficarem atentos a alguns fatores que facilitam o aparecimento do problema, como histórico familiar de osteoporose e fraturas de repetição, principalmente em áreas como fêmur, vértebras e quadril.
Cotidiano saudável
Para Márcia Bandeira, médica reumatologista infantil do Hospital Pequeno Príncipe, a melhor forma de evitar o problema é investir em um dia a dia mais saudável. "Deixe de lado bebidas e alimentos industrializados cheios de sódio, açúcar e gorduras e mantenha uma alimentação balanceada, principalmente com frutas, verduras, legumes, carnes magras e muita água."
Também é bom regularizar a ingestão de produtos que contenham cálcio, como leite, queijo, iogurte natural, ricota, nozes e peixes (principalmente salmão e sardinha), e tomar de cinco a dez minutos de sol pelo menos duas vezes por semana antes das 10 horas ou depois das 16 horas para ativar a síntese de vitamina D, responsável por ajudar o organismo a absorver e utilizar o cálcio. "É importante que ela pratique uma atividade física regular de três a quatro vezes por semana, brinque ao ar livre sempre que possível e evite o fumo passivo, a ingestão de álcool e o consumo exagerado de café", orienta Marise.
Em alguns casos, durante o tratamento, também é receitada medicação e suplementação de cálcio e vitamina D. "Nos casos de osteoporose secundária, o melhor é controlar a doença que a causou e seus sintomas e, a partir disso, agir contra o desgaste dos ossos", explica Márcia.
Cura
A boa notícia é que, ao contrário do que acontece com os adultos, a osteoporose infantil tem cura. "Se a criança faz todo o acompanhamento médico, realiza as mudanças na rotina, toma a medicação indicada e passa a se cuidar para ter bons hábitos para sempre, a fraqueza dos ossos vai sumindo conforme ela for crescendo", diz Jans Junior. Comparação
Veja alguns alimentos conhecidos por serem fontes de cálcio e a quantidade deste mineral:
100g de sardinha em lata = 550 mg de cálcio
100g de agrião = 133 mg de cálcio
100g de couve refogada = 177 mg de cálcio
100g de lambari frito = 1881 mg de cálcio
100g de manjuba frita = 575 mg de cálcio
100g de iogurte natural desnatado = 157 mg de cálcio
100g de iogurte natural = 143 mg de cálcio
100g de queijo minas frescal = 579 mg de cálcio
100g de ricota = 253 mg de cálcio
100g de gema de ovo cozida = 114 mg de cálcio
100g de chocolate ao leite = 191 mg de cálcio
100g de castanha-do-Pará = 146 mg de cálcio
100g de amêndoa torrada = 237 mg de cálcio
100g de noz = 105 mg de cálcio
100 ml de leite de vaca integral = 123 mg de cálcio
100 ml de leite de vaca desnatado = 134 mg de cálcio
Fonte: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO).
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