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Ar-condicionado é o grande vilão do escritório

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Todo verão é a mesma cena: seja em grandes empresas ou em escritórios diminutos, o ar condicionado é o grande vilão da estação, causador de rusgas e discussões acaloradas sobre o “vento na nuca” e sobre como “lá o ar não chega”, acusado pelas rinites, sinusites e crises alérgicas de toda ordem, quando não também pela dificuldade de concentração.

De modo geral, os dedos acusatórios apontam para os homens, reconhecidamente mais calorentos que elas. “Pode estar 31°C ou 10°C lá fora, eles sempre deixam a temperatura no mínimo e sugerem que levemos blusas para o escritório. Nos locais em que trabalhei, a temperatura era motivo de brigas e mudanças de mesa constantes”, conta Ana Carolina Primão, ex-funcionária de uma multinacional .

Nem todas são friorentas. Para Melissa Oliveira, passar calor é das piores coisas que podem acontecer, tanto que, quando recebeu o convite para mudar de área de atuação, um dos prós foi o fato de que o novo local de trabalho possuía ar-condicionado central. “Tive discussões com uma colega quando estava grávida, porque ela desligava o ar e eu passava mal. A situação foi crucial para minha mudança”, lembra Melissa, que trabalha em uma empresa estatal.

Temperatura ideal

A despeito das rusgas entre calorentos e friorentos, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece em 24°C a temperatura ideal – com variação de 2°C para mais ou para menos. A partir daí, cabe à engenharia de climatização a adequação do sistema de ar condicionado a essa temperatura e, acreditem, há mais variáveis por trás dos ideais 24°C do que podemos supor.

De acordo com o engenheiro mecânico Geancarlo Picolotto, especialista em sistemas de climatização, o projeto deve levar em consideração desde a iluminação e aparelhos eletrônicos utilizados nas salas até a arquitetura da construção, passando pela maior presença de homens ou mulheres e pela distribuição dos móveis – para que o fluxo de ar seja distribuído uniformemente e de modo a evitar o “vento na nuca”. A velocidade de ventilação e a posição do direcionador de ar também são importantes.

“Mas nem sempre todas as áreas do mesmo ambiente terão a mesma temperatura. Além disso, a sensação de conforto térmico é subjetiva devido às variações individuais, fisiológicas e psicológicas de cada pessoa. Os parâmetros estipulados definem como adequado o ambiente térmico em que uma maioria de 80% ou mais está satisfeito com a temperatura”, explica Picolotto.

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