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qualidade de vida

Atividade física contribui para autonomia na terceira idade

Murilo (de camiseta branca) sente que tudo fica bem melhor com a prática rotineira de exercícios. Ele não quer passar parte da vida estirado numa cama. | Brunno Covello
Murilo (de camiseta branca) sente que tudo fica bem melhor com a prática rotineira de exercícios. Ele não quer passar parte da vida estirado numa cama. (Foto: Brunno Covello)

Pelo menos duas vezes por semana, Elon Garcia acorda cedo, tira o agasalho do armário e segue para uma rotina de exercícios físicos. Aos 80 anos, o objetivo do publicitário e locutor não é apenas manter a musculatura em dia, mas preservar sua independência. Embora lógica, a relação entre a atividade física e a independência não é levada tão a sério como deveria por quem passou dos 60 anos. Garcia faz parte da pequena parcela de apenas 13% da população idosa que diz fazer exercícios físicos no Paraná, segundo levantamento do IBGE realizado no ano passado.

A rotina de Garcia, que frequenta há cinco anos uma academia de Curitiba especializada no atendimento da clientela da melhor idade, exemplifica uma preocupação crescente entre aqueles que perceberam que viverão mais que seus pais e avós: a busca pela autonomia.

“A capacidade funcional é o que mais acomete a população idosa. E é justamente a capacidade funcional, ou seja, conseguir se virar sozinho, que é o principal indicador de saúde dos idosos”, explica a presidente da Seção Paranaense da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, a médica Débora Christina Lopes.

“Há diferença entre envelhecer saudável e envelhecer fragilizado. Com o passar dos anos, as pessoas vão perdendo massa muscular, o que pode provocar diversos problemas de saúde, como aumento de gordura e hipertensão”, comenta o educador físico João Gilberto Costa Lopes. Para reverter ou até impedir esse fenômeno, o segredo é estimular a massa muscular com levantamento de peso. “Sem musculatura, a pessoa fica limitada”, resume ele.

Quem cuida do corpo também produz mais e contribui mais tempo com a sociedade. Segundo o IBGE, dos 15 milhões de idosos no Brasil, 4,5 milhões permanecem no mercado de trabalho.

Indicações

Entre as atividades mais indicadas, segundo a Débora, estão os exercícios de força. “Esse tipo de atividade fortalece os músculos”, aponta a geriatra.

A fisioterapeuta Fabiane Pessoto, que atua na área geriátrica, afirma que é fundamental aumentar a resistência para ter força muscular a fim de realizar tarefas diárias. “O idoso se torna mais confiante em realizar suas atividades de forma autônoma, recuperando, assim, sua autoestima, a capacidade física e o convívio social”, afirma.

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