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Chuva já afeta cerca de 700 mil pessoas no Paraná; um homem está desaparecido

Moradia onde viviam seis pessoas desabou por causa da chuva na Vila Sete, em Santo Antônio da Platina | Antônio de Picolli/Tribuna do Valle
Moradia onde viviam seis pessoas desabou por causa da chuva na Vila Sete, em Santo Antônio da Platina (Foto: Antônio de Picolli/Tribuna do Valle)

As fortes chuvas que atingem o estado do Paraná desde sábado (9) já afetam cerca de 700 mil pessoas, segundo a Defesa Civil. A maioria é de pessoas que sofrem com a falta de água, em Londrina e região. Além disso, 8,3 mil foram afetados diretamente, em 28 cidades. O número de desalojados chega a 991. Em Rolândia, um motorista de ônibus está desaparecido desde esta segunda-feira (11).

O Corpo de Bombeiros realiza buscas na região. Odair Jose, 35, dirigia o ônibus de uma indústria de couros quando tentou avançar sobre as águas do Rio Bandeirantes, que cobria a pista, mas o ônibus foi dragado pela correnteza. “Para se ter uma ideia da força da água, o ônibus parou a cem metros de distância do ponto onde foi arrastado”, disse o coronel Adilson Castilho, da Defesa Civil. Até o fim da tarde desta terça-feira (12), o homem não havia sido localizado.

Além dos desabrigados, que em geral recorrem a casa de parentes e amigos, há 110 pessoas desabrigadas nos municípios de Jataizinho, Marilândia do Sul e Piraí do Sul. Nestes casos, a população está alojada em abrigos públicos fornecidos pela prefeitura, segundo o Cabo Binhara, da Defesa Civil.

Pelo menos 24 pontos de rodovias estaduais e federais estão interditados por causa dos estragos provocados pela chuva. Em Querência do Norte, na região Noroeste do estado, há diversas estradas rurais completamente destruídas, segundo a Defesa Civil.

Em Jataizinho, no Norte Pioneiro, há o maior número de desalojados: 350. A cidade também concentra o maior número de afetados diretamente pela chuva, com 6,4 mil pessoas. A cidade de Tamarana, de aproximadamente 12 mil moradores, chegou a ter 300 moradores desalojados, mas a situação já foi normalizada. A cidade ficou sem acesso à internet e são poucos os telefones que funcionam. A tempestade castiga o município desde domingo e provocou deslizamento de lama que invadiu algumas moradias.

Segundo o departamento de comunicação da prefeitura, parte da PR-445, que liga Tamarana até Londrina e Mauá da Serra, está interditada, o que fez com que muitas pessoas de fora que estavam trafegando no trecho ficassem ilhados em Tamarana. “Parte deles ficou em casa de moradores e no abrigo”, afirma a assessoria. A cidade ainda está em estado de alerta.

Outra cidade que foi afetada pelo temporal foi Piraí do Sul, nos Campos Gerais. Ao todo, 100 pessoas permanecem desalojadas – segundo a Defesa Civil. Além delas, há outras 30 que permanecem desabrigadas e estão no Pavilhão Cultural Gabriel Cury. Quem está desalojado saiu de casa – não necessariamente perdeu – e não está em abrigo público, mas, sim, na casa de um parente ou amigo. Desabrigado é quem perdeu a casa e está em um abrigo público.

Regiões críticas

De acordo com Castilho, a região mais alarmante neste momento é a de Londrina, onde nas últimas 48 horas já choveu cerca de 300 milímetros. Em Ibaiti, no Norte Pioneiro, a Defesa Civil monitora o risco de colapso de uma barreira de represa em uma propriedade particular.

Em todas as regiões onde houve o bloqueio de estradas, engenheiros do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) trabalham para solucionar o problema. Segundo Castilho, todo o efetivo do Corpo de Bombeiros das cidades de Londrina, Apucarana e Maringá está mobilizado para atender as ocorrências nessas regiões. A Defesa Civil do estado também está mobilizada para dar apoio aos municípios atingidos.

Ponte sobre o Rio Bom, entre Apucarana e Rio Bom que, cedeu com a pressão da água | Sérgio Rodrigo/Tribuna do Norte

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Ponte sobre o Rio Bom, entre Apucarana e Rio Bom que, cedeu com a pressão da água

População ilhada entre Rio Bom e Apucarana | Sérgio Rodrigo/Tribuna do Norte

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População ilhada entre Rio Bom e Apucarana

PR-218, entre Paranavaí e Graciosa , foi totalmente bloqueada devido aos estragos | Divulgação/DER

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PR-218, entre Paranavaí e Graciosa , foi totalmente bloqueada devido aos estragos

Além da destruição, chuva deixou destroços parciais, como na Estrada São João, em Paranavaí | Fabiano Fracarolli/Diario do Noroeste

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Além da destruição, chuva deixou destroços parciais, como na Estrada São João, em Paranavaí

Parque da Raposa, um dos cartões postais de Apucarana, ficou debaixo d’água | Sérgio Rodrigo/Tribuna do Norte

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Parque da Raposa, um dos cartões postais de Apucarana, ficou debaixo d’água

Em Apucarana, 75% do abastecimento de água foi interrompido. Funcionários da Sanepar trabalharam durante o dia todo | Sérgio Rodrigo/Tribuna do Norte

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Em Apucarana, 75% do abastecimento de água foi interrompido. Funcionários da Sanepar trabalharam durante o dia todo

Chuva abriu cratera na PR-444, entre Arapongas e Rolândia | José Luiz Mendes/TNOnline

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Chuva abriu cratera na PR-444, entre Arapongas e Rolândia

Piscina ficou a poucos metros da cratera, no Jardim Simone, em Paranavaí | Fabiano Fracarolli/Diario do Noroeste

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Piscina ficou a poucos metros da cratera, no Jardim Simone, em Paranavaí

Tubulação destruída em cratera no Jardim Simone, em Paranavaí. Chuva causou danos na rede de abastecimento de água | Fabiano Fracarolli/Diario do Noroeste

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Tubulação destruída em cratera no Jardim Simone, em Paranavaí. Chuva causou danos na rede de abastecimento de água

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