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Confira imagens do trabalho infantil ilegal em pequenas empresas de Rio Branco do Sul

Quebrar pedras que são vendidas para lojas e construtoras. Esta é a função de muitas crianças em pedreiras em Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba. Uma equipe do telejornal ParanáTV da RPCTV foi até o município e conferiu o trabalho ilegal em várias pequenas empresas da cidade.

As crianças passam de cinco até dez horas por dia quebrando pedras. As imagens apresentadas pelo telejornal mostram um menino de 11 anos que trabalha martelando pedras no quintal de uma casa. Ele possui patrões e faz uma jornada de adulto. O garoto afirmou que chega ao trabalho após a escola e que ganha R$ 10 por dia. Outro adolescente, de 14 anos, fala que ao chegar em casa, após um dia de trabalho, fica com as mãos amortecidas por causa de tanto esforço. Eles batem e quebram as pedras apenas com um pedaço de borracha na tentativa de proteger as mãos.

Algumas pessoas compram as pedras no local e sabem que são crianças que realizam o trabalho. O lucro é garantido para os patrões dos meninos, pois eles buscam matéria prima em pedreiras da região. Segundo os garotos, está é a única forma de ajudar na renda familiar. Eles contam que dividem o dia entre a escola e as tarefas na pedreira. E com o tempo acabam abandonando os estudos.

A procuradora do trabalho do Paraná Margaret Matos assistiu as imagens e considerou a atividade ilegal. "É bastante grave, porque é um trabalho com situação de risco, como também insalubre. Provavelmente estes adolescentes terão o crescimento físico prejudicado. Lesão crônica de difícil tratamento e até de impossível recuperação", disse Margaret ao telejornal.

Lei

A lei da criança e do adolescente diz que menores de 14 anos não podem trabalhar e, dos 14 aos 16, somente podem ser realizadas atividades na condição de aprendiz. Aos maiores de 16 anos, há exigências a serem seguidas. O trabalho só pode ser durante o dia, sem riscos e sem atrapalhar os estudos.

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