Manifestantes protestaram na noite desta terça-feira (12) em frente ao 12.º Batalhão da Polícia Militar, no bairro Santa Quitéria, em Curitiba, contra a ação policial que efetuou dois disparos contra uma cachorra que pertencia a moradores de rua. O animal foi socorrido, mas morreu no hospital. De acordo com os organizadores, 50 pessoas participaram do protesto. Segundo a Polícia Militar (PM-PR), foram 25.
A abordagem policial aconteceu na madrugada de domingo (10) na Avenida Sete de Setembro, no Batel. A cachorra Polaca, como era chamada pelos donos, agiu por instinto tentando proteger os oito filhotes e foi para cima de um policial, que atirou contra ela. A cadela acabou morrendo após ser atendida em um hospital veterinário .
Para a representante comercial, Lenny Kovalski, que participou do protesto, o PM deve ser afastado de suas funções. “Foi algo muito cruel, queremos que ele seja afastado”, disse. A Polícia Militar (PM-PR) informou, por meio da assessoria de imprensa que o policial não será afastado das ruas e que uma sindicância foi aberta para apurar a conduta do militar, o que deve durar cerca de 20 dias.
Protesto em frente ao 12,º Batalhão da PM, no Santa Quitéria
Quatro manifestantes foram recebidos no Batalhão para discutir o caso. De acordo com Leonardo Zani, que criou o evento do protesto do Facebook e participou da reunião, a corporação se mostrou aberta para a discussão do caso. “A PM defendeu a posição de que o policial estava no cumprimento do seu trabalho, mas se comprometeram a nos receber para dar novidades sobre a sindicância aberta para apurar o caso”, contou.
Zani ainda contou que a corporação apresentou fotos que mostravam que o PM teria sido mordido pelo animal. De acordo com ele, uma nova reunião foi marcada para quinta-feira (21), para que a PM informe aos manifestantes a evolução da investigação. Zani também criou um abaixo-assinado na internet endereçado à Corregedoria da Polícia Militar, que já tem mais de 3,6 mil assinaturas.
De acordo com a assessoria da PM-PR, o comandante do 12º Batalhão, tenente-coronel Antônio Zanatta Neto, recebeu os manifestantes para passar mais informações sobre a ocorrência e informou que o policial que atirou contra a cachorra ficou ferido na ação. A PM não confirmou a data de uma nova reunião.
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