Até meados de 2013 quem precisava de atendimento odontológico na saúde pública de Curitiba ia até a unidade de saúde e passava por uma triagem, sem saber se e quando seria atendido. O sistema começou a mudar no ano passado, com a implantação do sistema de consultas agendadas. Assim, os usuários conseguem atendimento no dia e na hora marcados.
Esse sistema funciona em todas as 65 unidades de saúde que contam com a Estratégia Saúde da Família (ESF). As outras 44 unidades devem adotar o modelo gradativamente. As consultas podem ser agendadas por telefone ou diretamente na unidade de saúde.“Desde o ano passado, as pessoas marcam a consulta e sabem exatamente quando serão atendidas. Em caso de urgência, claro, que são exceções e têm prioridade no atendimento”, afirma o responsável em saúde bucal da Secretaria de Saúde da capital, Wellington Zaitter. Há três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que realizam para emergências, 24 horas por dia: Fazendinha, Boa Vista e Sítio Cercado.
Além disso, o tempo médio para conseguir ser atendido varia de 15 a 30 dias. O prazo é muito inferior, por exemplo, aos seis meses de espera para quem precisa de consultas com ortopedistas. Segundo Zaitter, cada uma do total das 109 unidades de saúde da capital realiza mil atendimentos odontológicos por mês e a maior procura é por procedimentos curativos. “Gostaria que fosse mais preventivo, mas as pessoas geralmente vão às unidades para tratar de algum problema”, afirma.
O dentista Fabrício Farias Teixeira, que atua na Unidade de Saúde Bairro Novo, acredita que a estrutura pública não fica devendo nada às clínicas particulares. Ele conta que o próprio modo de atendimento mudou nos últimos anos. “Além de atender as queixar, é necessário avaliar todo o paciente de maneira curativa e preventiva”, ressalta. O usuário do sistema público, Kylk Douglas Santos, de 26 anos, aprova o serviço. “O atendimento funciona muito bem. É só marcar consulta, que não demora, e tratar os dentes. As pessoas às vezes esquecem como é importante ter uma boca saudável”, afirma. (DA)