Neste fim de semana, uma organização não governamental da região metropolitana de Curitiba reune grandes nomes do cenário internacional, entre eles um Nobel da Paz, para comemorar seus 30 anos de existência. O segredo do sucesso da Fundação Vida para Todos Abai, localizada em Mandirituba, é articular a atuação local com um trabalho internacional em prol de um mundo melhor. Entre os convidados estão o vencedor do Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, o missionário belga José Comblin, um dos pais da Teologia da Libertação, e o bispo emérito de Goiás, dom Tomás Balduíno, co-fundador da Pastoral da Terra e do Conselho Indigenista Missionário.
A história da fundação começou quando a instituição era ainda a Associação Brasileira de Amparo à Infância. No início da década de 70, a suíça Marianne Spiller veio ao Brasil e traçou sua trajetória sob a influência de Abbe Pierre, famoso sacerdote francês ativista dos direitos humanos. Pouco tempo depois, começou o trabalho com crianças e adolescentes da região.
Assunto tabu
Na década de 80, a organização resolveu investir em um assunto até então considerado tabu no terceiro setor: a dependência química. De forma pioneira, os voluntários e funcionários perceberam que o abuso de álcool e drogas era uma das principais causas da vulnerabilidade das crianças e adolescentes, que sofriam com os problemas dos pais. Surgiram então as casas lares que até hoje são referência no Paraná.
A instituição também tem um forte trabalho em favor do meio ambiente. Após se afastar da direção da entidade, Marianne não deixou que os 70 anos de idade fossem um impedimento para sua militância. Agora ela se dedica a viajar o mundo para aproximar o diálogo entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Por todo o seu trabalho, ela chegou a ser indicada como uma das mulheres mais influentes da Suíça. "Estamos debatendo como podemos contribuir para que a humanidade volte a viver em equilíbrio com a Terra e se afaste da crença tecnocrata e ingênua de crescimento econômico. É um novo paradigma", explica. "Queremos equilíbrio no lugar de crescimento, e solidariedade ao invés de concorrência."
Hoje a Fundação Vida para Todos é coordenada pela suíça Heidi Wyss. Todas as atividades da organização são mantidas por voluntários suíços que até hoje contribuem com recursos financeiros, materiais e trabalho voluntário.
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