O público que quiser visitar os museus de Arte Contemporânea do Paraná, Alfredo Andersen, Paranaense e do Expedicionário vai encontrar as portas fechadas nesta terça-feira (3). Esses locais deixaram de abrir pela primeira vez no domingo (1 º) [na segunda-feira esses museus não abrem] pois a Force, empresa terceirizada de vigilância, decidiu escalar para o trabalho apenas um efetivo mínimo de seguranças devido à inadimplência do governo estadual.
O dono da Force, Jefferson Quadros, disse que não recebe do governo desde outubro e que a dívida atingiu cerca de R$ 1,5 milhão. “Tentei segurar o máximo possível, mas já não posso mais continuar sem o pagamento”, afirma. Segundo ele, a decisão de interromper o serviço no dia 1º de março aconteceu por causa do vencimento de mais uma folha de pagamento.
No entanto, o empresário disse que, a pedido da Secretaria de Cultura, vai manter um contigente mínimo até quinta-feira (5). “Pelo nosso contrato, poderia ter suspendido o serviço após 90 dias de inadimplência. Ainda aguentei 150 dias”, afirma.
Com a paralisação, um contingente reduzido garante a segurança de obras de artistas como Tomie Ohtake, Amilscar de Castro, Theodoro de Bona, Guido Viaro, entre outros.
Os museus de Arte Contemporânea do Paraná, Alfredo Andersen, Parananse são administrados pela Secretária de Cultura do Paraná, que afirma que as negociações estão ocorrendo com a Secretaria da Fazenda para a efetuação dos pagamentos dos serviços de vigilância. Procurada para comentar a inadimplência, a pasta que administra as finanças do estado ainda não retornou.
Já o Museu do Expedicionário conta com administração própria, feita pela Liga dos Expedicionários, e utiliza o apoio de segurança oferecida pelo estado, conforme prevê a Constituição do Paraná.