O combate ao incêndio em quatro tanques da Ultracargo/Tequimar, em Santos, litoral sul de São Paulo, permanece intenso e constante. O Corpo de Bombeiros conseguiu chegar mais perto dos tonéis em chamas e já iniciou o enfrentamento direto ao fogo. A informação foi confirmada neste sábado (4) pelo vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), e pelo prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). De acordo com o prefeito, a cidade de Santos pediu ajuda ao governo federal e também à Petrobras.
Uma das providências foi o envio de caminhões da estatal com uma espuma específica para este tipo de trabalho. “Quatro já estão aqui e mais três estão a caminho”, diz Barbosa, que enfatizou ser prioridade a segurança da população.
Márcio França ressaltou que um gabinete de crise foi criado para integrar as ações, com participação do próprio vice-governador, dos secretários Saulo de Castro (Governo), José Roberto Rodrigues de Oliveira (Casa Militar), Alexandre de Moraes (Segurança Pública) e Patrícia Iglecias (Meio Ambiente), o comandante do Corpo de Bombeiros Marco Aurélio Alves Pinto, e o subsecretário de Comunicação, Marcio Aith.
Uma equipe com 93 homens do Corpo de Bombeiros se reveza no combate às chamas e no resfriamento dos tanques, para evitar que o fogo se propague. Além disso, brigadistas da Ultracargo, da Petrobras e homens do Pan (Plano de Auxílio Mútuo, brigada formada por funcionários de todas as empresas da Alemoa) trabalham para estancar o fogo.
Durante a coletiva, Paulo Alexandre Barbosa atualizou as informações sobre o incêndio e informou que as equipes já conseguiram fazer a inertizaçao em três ou quatro tanques com um solvente mais agressivo. O material está distante dos tonéis em chamas, mas oferece maior perigo inclusive para o meio ambiente se pegar fogo. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Ultracargo.
No início da tarde deste sábado, mais um tonel com gasolina pegou fogo, somando aos outros quatro atingidos pelo incêndio. Os bombeiros evitam fazer previsões sobre o fim dos trabalhos.
Desde o começo do incêndio, às 10h de quinta-feira, mais de 200 homens, com o uso de aproximadamente 40 viaturas e apoio da embarcação Governador Fleury, mantiveram o combate constante, com água e espuma, para resfriar a área. Segundo a corporação, a temperatura, que chega a 800ºC, impede o combate efetivo às chamas, porque a água evapora antes de chegar aos tonéis. Além disso, há o risco permanente de ignição espontânea do combustível.